
Eis que chega uma notícia que está deixando muita gente de cabelo em pé por aqui em Santa Catarina. A verdade é que o tal auxílio emergencial - aquele que salvou tanta gente durante a pandemia - agora está cobrando seu preço de algumas famílias.
Pois é, meus amigos. A situação é séria. Mais de 2,6 milhões de reais precisam voltar aos cofres públicos. E não, não é brincadeira.
O que está acontecendo exatamente?
Imagine receber uma carta do governo dizendo que você tem que devolver dinheiro que já gastou há anos. É exatamente isso que está rolando. A Defensoria Pública da União em SC notificou um monte de pessoas que, segundo eles, receberam o auxílio sem ter direito.
Os números são impressionantes - e assustadores:
- Valor total a ser devolvido: R$ 2.672.947,00
- Número de processos abertos: 1.085
- Cada um desses processos representa uma família catarinense
Não é pouca coisa, não é mesmo?
E agora, o que essas pessoas devem fazer?
Aqui é onde a coisa fica complicada. A defensoria está tentando ajudar - eles não querem ver ninguém passando mais aperto do que já passou. Por isso, estão oferecendo acordos. A ideia é parcelar a dívida em até 60 vezes. Ainda é muito? Talvez, mas melhor do que ter que pagar tudo de uma vez.
O que muita gente não sabe é que existe a possibilidade de pedir a revisão do caso. Às vezes o erro pode ser do próprio sistema do governo. Já pensou?
O defensor público Rafael Rocha deixa claro: "A gente sabe que a situação é delicada. Muita gente realmente precisava daquele dinheiro na época. Mas a lei é a lei, e o dinheiro público tem que voltar quando foi pago indevidamente."
E se a pessoa ignorar a notificação?
Olha, não recomendo. A União pode simplesmente descontar direto da fonte - seja do salário, aposentadoria ou até mesmo bloquear valores em conta bancária. É melhor enfrentar o problema de frente do que ter uma surpresa desagradável lá na frente.
Aliás, quem já recebeu a notificação tem um prazo para se manifestar. Fica o alerta: não deixe para a última hora!
O curioso é que muitos beneficiários nem sabiam que tinham recebido o auxílio indevidamente. Alguns descobriram só agora, anos depois. Outros achavam que tinham direito, mas alguma burocracia no sistema os colocou nessa enrascada.
É aquela velha história - quando a esmola é demais, o santo desconfia. Só que nesse caso, o santo desconfiou tarde demais.
E o que aprendemos com tudo isso?
Primeiro, que ajuda emergencial é exatamente isso - emergencial. Segundo, que nada na vida é realmente de graça. E terceiro - e mais importante - que quando se trata de dinheiro público, a conta sempre chega. Mais cedo ou mais tarde.
Para quem está nessa situação, a dica é correr para a Defensoria Pública da União. Eles ficam no Centro de Florianópolis e estão atendendo presencialmente. Melhor resolver isso com calma do que na pressão, não é mesmo?
No fim das contas, a pandemia nos ensinou muitas coisas. E uma delas, aparentemente, é que até a ajuda do governo tem seu preço. Que lição, hein?