Operação Publicanos: Diretor e Agentes da Penitenciária de Petrolina São Afastados em Escândalo de Corrupção
Operação Publicanos: diretor e agentes penais afastados em Petrolina

Eis que a justiça decidiu botar a mão na massa — e que massa pesada! Nesta terça-feira, 20 de agosto, a tão comentada Operação Publicanos desembarcou com tudo na Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, em Petrolina, e o resultado foi imediato: o diretor do presídio e vários agentes penais foram afastados sumariamente de seus cargos. A ordem partiu do próprio governador do estado, que não mediu palavras ao determinar a suspensão preventiva de todos os envolvidos nas investigações.

Não foi um afastamento qualquer, não. A coisa foi séria, direto ao ponto. O governador em exercício, João Campos, deu o aval para que a Secretaria de Ressocialização (Seres) tomasse as providências necessárias — e elas foram tomadas na hora. “Determinamos o afastamento cautelar de todos os servidores citados nos autos da operação”, declarou o secretário da pasta, João Evangelista. A justificativa? Preservar a investigação e, claro, a integridade do próprio processo.

Mas o que diabos aconteceu dentro daqueles muros?

O esquema que virou pó

A operação, que começou ainda de madrugada, foi executada pela Polícia Civil com apoio do Gaeco — Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado — e do Ministério Público de Pernambuco. E olha, o negócio não foi brincadeira. Segundo as investigações, um esquema de corrupção foi montado ali dentro, com direito a desvio de verbas públicas, superfaturamento em compras e até favorecimento de detentos.

Pois é. Enquanto a população espera que o sistema prisional funcione, alguns decidiam fazer dele um balcão de negócios. A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão — três em Petrolina e três no Recife — e ainda bloqueou bens dos investigados, num valor total que beira R$ 600 mil. Dinheiro que, em tese, deveria estar sendo usado para ressocialização, não para enriquecer meia dúzia de esperto.

E não para por aí. A força-tarefa suspeita que parte dos desvios possa ter abastecido até mesmo organizações criminosas que agiam de dentro da penitenciária. Sim, dentro. Porque o problema não era só a grana que sumia, mas também o poder paralelo que se fortalecia com ela.

E agora, o que vem por aí?

Os ânimos seguem quentes. O governo estadual já adiantou que não vai tolerar nenhum tipo de irregularidade no sistema prisional — ainda mais uma dessa magnitude. E a população, claro, fica ali naquele misto de alívio e indignação. Alívio porque a operação pegou os envolvidos; indignação porque isso ainda acontece.

Enquanto os investigados se viram com a Justiça — e torcem para não acabar atrás das mesmas grades que um dia custodiaram —, a Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes segue funcionando com uma direção interina. O que vai sair dessa história toda? Só o tempo — e a investigação — dirão.