Uma situação digna de filme de suspense aconteceu com uma moradora de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela descobriu, por acaso, que estava oficialmente morta nos registros do sistema de saúde.
A mulher, que preferiu não se identificar, foi a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para um atendimento de rotina quando recebeu a notícia chocante: segundo os sistemas oficiais, ela estava falecida.
O momento do susto
"Foi um choque. Eu estava ali, viva, respirando, e o sistema dizia que eu estava morta", relatou a mulher, ainda abalada pela situação. O erro foi descoberto quando os funcionários da unidade de saúde tentaram acessar seu prontuário eletrônico.
O caso aconteceu na última semana e expõe uma falha grave no sistema de registro de óbitos do estado. A Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais já confirmou o erro e abriu uma investigação para apurar como isso aconteceu.
Problema no sistema estadual
De acordo com as informações, o erro estava registrado no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Paraná, que é alimentado pelos cartórios de registro civil. A declaração de óbito equivocada teria sido emitida em 16 de outubro.
Os familiares da mulher também ficaram perplexos com a situação. "É algo que mexe com todo mundo. Receber uma notícia dessas, mesmo sendo um erro, é muito doloroso", desabafou um parente.
Correção em andamento
A Prefeitura de São José dos Pinhais informou que já solicitou a correção imediata do registro junto ao cartório responsável. Enquanto o erro não é totalmente sanado, a moradora enfrenta dificuldades para acessar serviços básicos de saúde.
"Estamos tomando todas as providências para resolver essa situação o mais rápido possível e oferecemos todo o suporte necessário à cidadã", afirmou a secretária municipal de Saúde, Cláudia de Haro.
Casos similares
Este não é o primeiro caso do tipo registrado no Brasil. Erros no sistema de registro civil já causaram situações semelhantes em outros estados, gerando:
- Problemas no acesso a serviços públicos
- Dificuldades com documentos oficiais
- Transtornos emocionais para as vítimas
- Burocracia para corrigir os registros
Especialistas em direito civil alertam que erros como este podem causar sérios prejuízos e defendem maior rigor na verificação dos dados antes do registro de óbitos.
