
Eis que surge mais um daqueles casos que fazem o cidadão comum coçar a cabeça, perplexo. Um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, atualmente afastado do cargo por suspeitas graves de corrupção, decidiu dar um passo no mínimo... curioso.
Ele entrou com um pedido de aposentadoria voluntária. Sim, você leu direito.
O timing perfeito — ou conveniente demais?
Enquanto responde a um processo administrativo disciplinar — que investiga supostos desvios de conduta e o famigerado 'tráfico de influência' — o magistrado busca sair pela porta dos fundos com todos os benefícios intactos. O salário? Uma bagatela de R$ 39.341,76 mensais.
Parece piada, mas não é. A situação é tão surreal que chega a dar um nó no estômago. O que se pergunta, nas ruas e nos botecos de Campo Grande, é: como alguém sob a lupa da Justiça pode simplesmente pedir para se aposentar e manter essa fortuna mensal?
Os detalhes que incomodam
O desembargador está afastado desde agosto, por decisão do próprio tribunal. O caso envolve alegações sérias — daquelas que mancham não só uma carreira, mas toda uma instituição. E agora, este movimento pela aposentadoria antecipada soa como um jeitinho de escapar das possíveis consequências.
Se aposentando, ele praticamente garante a estabilidade financeira, independente do desfecho do processo. É de cair o queixo.
- Salário preservado: R$ 39 mil mensais, mesmo afastado e sob investigação
- Processo em andamento: Investigação por corrupção e tráfico de influência
- Estratégia questionável: Aposentadoria como escapatória?
Não é todo dia que se vê algo assim — um juiz de alta corte, acusado de violar a lei que juramos defender, buscando se aposentar tranquilamente enquanto a casa cai. A ironia é grossa, daquelas que doem.
O que dizem por aí
Nos corredores do tribunal, o clima é de constrangimento. Entre os que acompanham o caso, a sensação é de que se trata de uma manobra para blindagem financeira. "É como assistir a um filme onde o vilão escapa pelo teto com o dinheiro", comentou um servidor, que preferiu não se identificar — e quem pode culpá-lo?
O conselho de sentença da Corregedoria do TJMS tem até o final do mês para se manifestar sobre o afastamento. Enquanto isso, o pedido de aposentadoria segue seu curso, alimentando debates acalorados sobre privilégios, impunidade e a tal 'velha guarda' que insiste em não mudar.
O caso, francamente, cheira mal. E o pior — o cidadão brasileiro já está com o nariz cansado de tantos maus cheiros.