
Parece que foi num piscar de olhos. Uma sexta-feira aparentemente comum em Viçosa, no agreste de Alagoas, se transformou num cenário de caos e destruição quando um incêndio de proporções assustadoras consumiu completamente uma fábrica de plásticos. O negócio começou pequeno, mas cresceu rápido — muito rápido.
Segundo as primeiras informações que consegui apurar, a tragédia toda começou por volta das 19h30 de sexta-feira, dia 11. O ponto de ignição? A sala onde ficavam armazenadas as bobinas de polietileno. Aquilo que era matéria-prima para produção se tornou combustível perfeito para o inferno que se seguiu.
Os bombeiros — esses heróis anônimos — foram acionados rapidamente. Chegaram ao local e se depararam com algo digno de filme: chamas altas, fumaça densa, e uma estrutura que já começava a ceder ao fogo. Trabalharam contra o tempo, literalmente.
Uma Batalha Perdida Contra as Chamas
O combate ao incêndio foi algo realmente intenso. Os militares do 6º BBM montaram uma operação complexa, usando três poderosos veículos automotores — aqueles caminhões vermelhos que são a esperança em situações assim. A água jorrou por horas, mas o fogo teimava em não ceder completamente.
E sabe qual era o maior problema? A tal da sala de bobinas. O polietileno, quando pega fogo, vira praticamente gasolina sólida. Queima rápido, queima quente, e espalha com uma facilidade assustadora. Foi exatamente o que aconteceu aqui.
Por volta das 22h, quase três horas depois do início do combate, a situação ainda estava longe do controle. As chamas continuavam altas, teimosas, desafiando o trabalho incansável dos bombeiros. Era uma verdadeira guerra contra os elementos.
O Que Sobrou? Quase Nada
Quando a poeira — ou melhor, a cinza — baixou, o cenário era desolador. A fábrica, que antes produzia embalagens plásticas, estava completamente destruída. Totalmente. Não sobrou praticamente nada que pudesse ser recuperado.
E pensar que tudo começou num único cômodo... A sala das bobinas foi o estopim, mas o fogo não ficou contido lá. Alastrou-se como rastilho de pólvora, consumindo máquinas, estoques, escritórios — tudo que encontrava pela frente.
Agora, o que me deixa realmente pensando: quantos empregos foram perdidos ali? Quantas famílias dependiam daquela fábrica? As consequências vão muito além da estrutura física.
O Alívio no Meio da Tragédia
Mas nem tudo são más notícias. Num milagre que beira o inexplicável, não houve vítimas. Ninguém ficou ferido, ninguém perdeu a vida. Num incêndio dessa magnitude, isso é algo que merece ser celebrado.
Os bombeiros confirmaram — todos os funcionários conseguiram sair a tempo. A fábrica não estava em pleno turno quando as chamas começaram, o que provavelmente evitou uma tragédia ainda maior.
Ainda assim, o prejuízo material é colossal. Estamos falando de milhões em maquinário, estoque e estrutura física. Uma empresa inteira, reduzida a cinzas em poucas horas.
Enquanto escrevo isso, ainda não há uma resposta definitiva sobre o que causou o início do fogo. Investigadores especializados devem começar seu trabalho em breve, vasculhando os escombros em busca de pistas. Será que foi um curto-circuito? Algo relacionado ao processo produtivo? Um descuido humano?
As perguntas são muitas, as respostas ainda poucas. O que sabemos com certeza é que Viçosa perdeu parte de seu parque industrial, e famílias perderam seu sustento. E aquela sala de bobinas de polietileno? Serviu como triste lembrete de como a matéria-prima da prosperidade pode se transformar, num instante, no combustível da destruição.