
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou o afastamento imediato da desembargadora do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) envolvida em um escândalo de suposta venda de sentenças através de um gabinete paralelo.
Operação revela esquema milionário
Segundo as investigações, a magistrada mantinha uma estrutura clandestina para negociar decisões judiciais favoráveis em troca de vantagens financeiras. O esquema foi descoberto após meses de apuração sigilosa.
Como funcionava o gabinete paralelo
- Intermediários faziam contato com partes interessadas em processos
- Valores eram acertados para decisões favoráveis
- Advogados atuavam como "ponte" entre as partes e a magistrada
- Reuniões ocorriam em locais fora do fórum
O caso: A denúncia chegou ao CNJ através de gravações e documentos que comprovariam a participação da desembargadora no esquema. As provas indicam que o gabinete paralelo operava há pelo menos dois anos.
Reação do TJ-ES
O Tribunal de Justiça capixaba informou que vai cooperar integralmente com as investigações e que já iniciou procedimento administrativo interno para apurar as denúncias. A magistrada afastada nega todas as acusações.
"Esse tipo de conduta é inaceitável e mancha a imagem do Poder Judiciário", declarou o corregedor nacional de Justiça ao anunciar a decisão.