O tornado mais mortal da história do Brasil
Enquanto o sul do Brasil se recupera do tornado que atingiu a região na última sexta-feira (7), especialistas relembram que o evento mais letal já registrado no país ocorreu há mais de seis décadas. Em 1959, um tornado de proporções catastróficas atingiu a divisa entre Santa Catarina e Paraná, deixando um rastro de destruição e aproximadamente 90 mortos.
Cidades afetadas e números trágicos
De acordo com Ernani Lima, especialista em tornados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as cidades mais atingidas pelo tornado de 1959 foram União da Vitória e Palmas no Paraná, e Canoinhas em Santa Catarina. "Somando todas as localidades que foram atingidas, deu mais de 90 mortos", confirmou o especialista.
Este não foi o único evento significativo na história recente do país. Em 1991, a região de Itu, em São Paulo, também foi atingida por um tornado que resultou em 15 mortes, demonstrando que o fenônio não se restringe apenas à região sul.
Aumento preocupante de tornados no Brasil
Dados recentes da Plataforma de Registro de Tempestades Severas revelam uma tendência alarmante: o número de tornados no Brasil vem crescendo significativamente nos últimos anos. Os registros saltaram de 55 casos em 2021 para 88 em 2024, com projeções indicando que 2025 pode superar o ano de 2023, quando também foram contabilizados 88 casos.
Pesquisadores apontam que parte desse aumento pode estar relacionado aos efeitos das mudanças climáticas na formação desses fenômenos extremos. "Existe também a questão que talvez haja alguma influência das mudanças climáticas, o que é algo que ainda está sob estudo", afirmou Maurício, outro especialista consultado sobre o tema.
Por que o Sul concentra o maior risco
A região Sul do Brasil continua sendo a área com maior probabilidade de ser atingida por tornados no país. As condições geográficas e climáticas específicas dessa região criam o ambiente ideal para a formação desses fenômenos destrutivos, preocupando autoridades e especialistas em meteorologia.
Com o aumento documentado na frequência desses eventos e as projeções para os próximos anos, torna-se cada vez mais crucial o investimento em sistemas de alerta precoce e educação da população sobre medidas de segurança durante tempestades severas.