Uma violenta tempestade de granizo atingiu a cidade de Erechim, na Região Norte do Rio Grande do Sul, no domingo (23), causando destruição e deixando um rastro de prejuízos materiais e humanos. O fenômeno natural resultou em 76 pessoas feridas, sendo uma em estado grave, e afetou diretamente mais de 17 mil moradores do município.
Emergência declarada e números alarmantes
A prefeitura municipal não mediu esforços e decretou situação de emergência imediatamente após avaliar a dimensão dos estragos. Segundo levantamento oficial da Defesa Civil, quase 2 mil residências sofreram danos significativos, necessitando da distribuição emergencial de lonas para proteção contra as intempéries.
Os dados são preocupantes: além dos 76 feridos que receberam atendimento médico, 28 pessoas estão fora de suas casas - 11 desalojados e 17 desabrigados. O hospital local ficou completamente lotado, obrigando a abertura da unidade de pronto atendimento para absorver a demanda.
Consequências imediatas para a população
As aulas em todas as escolas do município foram suspensas para esta segunda-feira (24) como medida de segurança. 35 instituições de ensino foram afetadas pelo temporal - 15 municipais e 20 estaduais - necessitando de avaliação estrutural antes de retomarem as atividades.
A infraestrutura da cidade também sofreu impactos severos. Diversas regiões permanecem sem energia elétrica e enfrentam instabilidade nos serviços de internet e telefonia. A prefeitura orienta que a população atingida procure a sede do Grupo de Resposta a Urgências e Emergência (Grau), onde estão sendo distribuídas lonas e prestados os primeiros socorros.
Resposta governamental e apoio estadual
O governador Eduardo Leite demonstrou pronta solidariedade e anunciou o envio de equipes da Defesa Civil Estadual para o município. "Estamos deslocando suporte de materiais e mantimentos para dar toda a assistência necessária em função da chuva de granizo", afirmou o governador.
Além do suporte material, o Chefe da Casa Militar, coronel Boeira, responsável pela Defesa Civil no estado, também se dirige à cidade para auxiliar no gerenciamento da crise e coordenar as operações de socorro.
Os feridos, segundo informações das autoridades, foram atingidos principalmente por estilhaços e telhas que se soltaram durante a tempestade. Imagens registradas por moradores mostram pedras de gelo de tamanho considerável causando estragos em telhados, veículos e comércios locais.
