As fortes chuvas que atingem o sul da Bahia desde quinta-feira, 4 de julho, provocaram uma situação de emergência no município de Pau Brasil. O transbordamento do Rio Água Preta obrigou aproximadamente 50 famílias a abandonarem suas residências às pressas, em meio a um cenário descrito pelas autoridades como "de guerra".
Cenário de destruição e perdas materiais
Vídeos registrados por moradores mostram a extensão dos estragos. As águas do rio invadiram casas, arrastaram veículos e deixaram animais ilhados, como bois presos em pequenas porções de terra. Eliomar Melo, coordenador de agricultura da cidade, relatou ao g1 a dimensão das perdas. "Muitas famílias tirando suas coisas, perdendo muito dos seus pertences, colchão, geladeira, fogão descendo [pelo] rio. Uma série de prejuízos", descreveu.
As famílias afetadas foram encaminhadas para pontos de apoio públicos, como escolas e unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Além disso, o município mobilizou seu comitê de crises para coordenar o suporte à população. Um esforço conjunto que reúne secretarias municipais, a brigada de combate a incêndios e até comunidades indígenas locais.
Outras cidades também sofrem com as chuvas
A situação crítica não se limita a Pau Brasil. Na cidade de Medeiros Neto, as chuvas da quinta-feira resultaram no desabamento de uma casa e deixaram 10 pessoas desalojadas. Conforme a Defesa Civil local, os desalojados estão abrigados em casas de parentes, e a assistência social fará visitas para avaliar a situação.
Alagamentos também foram registrados em Teixeira de Freitas e Eunápolis, onde as prefeituras emitiram alertas nas redes sociais orientando a população a evitar áreas alagadas.
Alerta meteorológico permanece ativo
Pau Brasil está entre as 200 cidades sob alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) por risco de acumulado significativo de chuva. O aviso, de grande perigo (alerta vermelho), é válido até esta sexta-feira, 5 de julho. A previsão do órgão indica que a chuva deve persistir na região até a próxima segunda-feira, dia 8.
As autoridades ainda trabalham para levantar o número exato de pessoas isoladas em zonas rurais, desalojadas ou desabrigadas. A prioridade imediata é garantir a segurança das famílias afetadas e prestar a assistência necessária enquanto a chuva continua a castigar o sul do estado.
