Rio Tarauacá ultrapassa cota de alerta pela 2ª vez em uma semana no Acre
Rio Tarauacá supera cota de alerta novamente no Acre

O Rio Tarauacá, localizado no município homônimo no interior do Acre, registrou pela segunda vez em uma semana uma elevação preocupante que superou sua cota de alerta. A situação mantém as autoridades e a população em estado de atenção devido ao risco de transbordamento.

Níveis do rio em ascensão preocupante

De acordo com as medições oficiais, a cota de alerta estabelecida para o Rio Tarauacá é de 8,5 metros. Na última quinta-feira, dia 18, o manancial atingiu a marca de 9,20 metros às 9h da manhã. Este não foi um evento isolado. Apenas uma semana antes, no dia 11, o rio já havia chegado a 9,03 metros.

O coordenador da Defesa Civil de Tarauacá, o 3º soldado Leandro Simões, forneceu um histórico detalhado. Ele informou que no dia 12, o rio alcançou seu pico mais alto do período recente, chegando a 9,37 metros. Após essa medição, o nível das águas começou a baixar, chegando a 6,99 metros nos três dias seguintes.

Chuvas intensas provocam nova elevação

Entretanto, um novo volume significativo de precipitações na região reverteu a tendência de queda. "Com grande volume de chuva que tivemos ontem, na madrugada ele voltou a subir e hoje na medição das 6h acordou com 9,10", explicou Simões. Esta rápida subida culminou na medição de 9,20 metros registrada posteriormente.

A cota considerada de transbordamento, quando o rio realmente extravasa seu leito com maior intensidade, é de 9,50 metros. Embora o nível atual esteja abaixo desse limite, a proximidade e a volatilidade da situação exigem monitoramento constante.

Plano de contingência ativado, mas situação sob controle

O coordenador da Defesa Civil assegurou que o plano de contingência já foi acionado como medida preventiva. As secretarias estaduais e municipais competentes também foram informadas sobre os protocolos de segurança a serem seguidos em caso de agravamento.

Uma notícia positiva, segundo Simões, é que nenhuma família precisou ser removida de suas residências até o momento, e a Defesa Civil ainda não recebeu solicitações formais de apoio da população afetada. "Geralmente, as famílias começam a sair depois quando o rio atinge os 10 metros. Então, por enquanto está tudo tranquilo", completou o coordenador.

Apesar da calmaria relativa, o cenário exige vigilância. Eventos climáticos extremos, como as fortes chuvas que atingiram recentemente a capital Rio Branco com mais de 100 mm em 24 horas, servem de alerta para a imprevisibilidade do regime de chuvas na região amazônica e seu impacto direto nos níveis dos rios.