Porto Alegre sob água: volume de chuva de um mês em menos de 48 horas causa caos e cancelamento de voos
Porto Alegre: mês de chuva em 48h causa caos e cancela voos

Parece que o céu simplesmente decidiu desabar sobre Porto Alegre. De verdade. Em menos de dois dias, a capital gaúcha recebeu um verdadeiro dilúvio — a impressionante marca de 148 milímetros de água, quando a média histórica esperada para todo o mês de agosto é de apenas 141 mm. Sim, você leu certo: choveu em 48 horas mais do que era previsto para 31 dias.

O resultado? Um caos digno de filme apocalíptico. As ruas, é claro, não aguentaram. Várias delas simplesmente sumiram, substituídas por corredeiras perigosas que impediram a passagem de carros e, o que é mais grave, de pessoas. O bairro Humaitá, na Zona Leste, foi um dos mais castigados — alagamentos por todos os lados, com a água invadindo garagens e comércios como se não houvesse amanhã.

Aeroporto Salgado Filho entra em colapso

E não foram só os moradores que sofreram. Quem precisava voar… bem, teve que segurar a ansiedade. Pelo menos cinco voos já foram cancelados no Aeroporto Salgado Filho, e outros tantos atrasaram — alguns, pasmem, por mais de três horas. A Defesa Civil não perdeu tempo e emitiu alertas de risco hidrológico, recomendando que ninguém encare o trânsito a não ser que seja realmente necessário.

Ah, e como se não bastasse, a umidade relativa do ar lá em cima — 100%, obviamente — e os ventos que varriam a cidade a mais de 40 km/h completaram o cenário de perfeita desordem natural. Até a tarde desta sexta-feira (23), a previsão era de que as pancadas de chuva continuassem, com possibilidade de trovoadas e rajadas ainda mais fortes. Um verdadeiro pesadelo meteorológico.

E agora? O que esperar?

É aquela situação: quando a natureza resolve mostrar sua força, só nos resta tentar nos proteger e esperar. Os bombeiros seguem em alerta máximo, e a orientação é clara: evite deslocamentos, fique longe de áreas alagadas e, se possível, não se arrisque. Porto Alegre já viu enchentes antes, mas dessa vez a intensidade e a velocidade com que tudo aconteceu deixou todo mundo de cabelo em pé.

Quem diria, hein? Um fim de agosto que ninguém vai esquecer tão cedo.