Um forte temporal que atingiu Juiz de Fora na segunda-feira (15) deixou um rastro de destruição e levou a prefeitura a decretar situação de emergência. O Corpo de Bombeiros precisou realizar resgates de moradores que ficaram ilhados devido aos alagamentos e deslizamentos provocados pela chuva intensa.
Balanço dos estragos e regiões mais afetadas
Até a manhã desta quarta-feira (17), a Defesa Civil municipal contabilizou um total de 174 ocorrências relacionadas ao temporal. A Região Leste da cidade foi a mais castigada, concentrando sozinha 128 registros, o que representa mais de 70% dos atendimentos.
Os bairros que mais sofreram com os efeitos da chuva foram Linhares, Bonfim, Santa Rita, Centro e Vitorino Braga. O balanço completo por região mostra a extensão dos danos:
- Região Leste: 128 registros
- Região Nordeste: 12 ocorrências
- Região Sudeste: 11 ocorrências
- Região Central: 10 ocorrências
- Região Norte: 9 ocorrências
- Região Sul: 4 ocorrências
Decreto de emergência e novo alerta de chuva
Diante da gravidade da situação, a prefeita Margarida Salomão (PT) assinou na terça-feira (16) um decreto que declara situação de emergência em Juiz de Fora. O documento tem validade de 90 dias e pode ser prorrogado se necessário.
Enquanto a cidade ainda lida com as consequências do último temporal, um novo alerta meteorológico acende o sinal de alerta. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta quarta-feira (17) um aviso de acumulado de chuva para Minas Gerais, válido até quinta-feira (18).
O alerta indica a possibilidade de precipitação de 60 mm por hora ou acima de 100 mm em 24 horas, condições que podem agravar ainda mais a situação em áreas já vulneráveis.
Cenário de destruição e trabalho de limpeza
A força das chuvas foi tamanha que, em apenas duas horas, foram registrados cerca de 112 mm de precipitação. Esse volume equivale a aproximadamente um terço da média histórica de chuva para todo o mês de dezembro em Juiz de Fora.
No Bairro Vitorino Braga, um dos mais afetados, as equipes de limpeza avançaram nos trabalhos, mas ainda há pontos com grande acúmulo de lama e barro. Móveis, estofados e outros objetos danificados pela água continuam espalhados pelas ruas, aguardando a coleta pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb).
Os estragos foram diversos, incluindo alagamentos que isolaram moradores, deslizamentos de terra e a abertura de crateras nas vias públicas. Um ônibus chegou a cair em uma dessas crateras abertas pela força da água no Bairro Jardim do Sol, ilustrando os perigos enfrentados pela população.
A cidade e toda a região permanecem em estado de atenção, com os órgãos de defesa civil em alerta máximo diante da possibilidade de novas chuvas fortes nos próximos dias.