Uma intensa tempestade, batizada de Byron, provocou inundações severas na região central da Grécia neste sábado, 6 de dezembro de 2025. As chuvas torrenciais fizeram o rio Enipeas transbordar, alagando a vila de Anochori, próxima à cidade de Farsala, e bloqueando o acesso à localidade vizinha de Katochori.
Caos e isolamento nas vilas gregas
O governo grego emitiu um alerta de emergência para os residentes das áreas afetadas, orientando que procurassem locais mais elevados devido à rápida subida das águas. Imagens aéreas capturadas por drones revelaram um cenário de devastação, com partes da vila de Anochori completamente submersas, veículos presos pela correnteza e estradas tomadas pela enxurrada.
Os moradores passaram o dia lutando contra a água que invadia suas propriedades. Chrysostomos Papakonstantinou foi um dos que instalaram bombas para tentar drenar a água acumulada em seu quintal. Ele descreveu a situação crítica: “As casas na beira da vila ficam num vale, então a água se acumula ali. Quando o rio transborda, entra pelas nossas casas”.
Ponte recente sofre novos danos
Entre os prejuízos estruturais, uma ponte sobre o rio Enipeas foi danificada. A estrutura era relativamente nova, tendo sido instalada para substituir a ponte principal destruída pela tempestade Daniel em 2023. Aquele evento anterior é considerado o pior desastre natural na Grécia desde 1930, tendo causado 15 mortes no país antes de se deslocar para a Líbia, onde mais de 2.500 pessoas perderam a vida.
A repetição das tragédias tem gerado revolta e frustração entre a população local. Papakonstantinou criticou a falta de ação das autoridades: “Nenhum reparo foi feito no rio. Toda vez que chove mais forte, a gente alaga. Virou um absurdo”. A afirmação do morador reflete um sentimento comum de abandono e a demanda por obras de contenção permanentes.
Moradores exigem soluções definitivas
Com a recorrência das enchentes, os habitantes de Anochori cobram das autoridades locais e regionais medidas efetivas e duradouras para prevenir que novas tempestades resultem em mais destruição e prejuízos materiais. A situação expõe a vulnerabilidade da região a eventos climáticos extremos e a necessidade de um planejamento de infraestrutura mais resiliente.
O evento serve como um alerta para a crescente frequência e intensidade de fenômenos meteorológicos severos, colocando em pauta a gestão de riscos de desastres naturais e a preparação de comunidades que vivem em áreas propensas a inundações.