Tragédia nas Águas: Adolescente é Encontrado Morto em Represa de Jurumirim, Avaré
Adolescente morto em represa de Avaré

Um silêncio pesado paira sobre as águas da represa de Jurumirim neste domingo. O que deveria ser um fim de semana de tranquilidade transformou-se em pesadelo para uma família de Avaré, cidade do interior paulista que acordou com notícias que ninguém gostaria de receber.

Por volta das 10h da manhã, mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram o que temiam: o corpo de um adolescente de apenas 17 anos, a impressionantes 12 metros de profundidade. Doze metros — uma distância que parece pequena até você imaginar a escuridão, o frio, o desespero.

Busca Intensa Precedeu a Descoberta

A operação começou muito antes, é claro. O garoto havia desaparecido nas águas da represa na tarde de sábado, por volta das 16h30. Testemunhas — e aqui a gente sempre se pergunta o que se passa na cabeça de quem vê essas coisas acontecer — relataram às autoridades que o adolescente estava com amigos quando simplesmente... sumiu. Um momento de desatenção, um mergulho que não terminou como deveria.

Os Bombeiros chegaram rapidamente, mas a escuridão da noite tornou a busca praticamente impossível. Imagine tentar encontrar alguém naquela imensidão de água escura, com apenas lanternas para iluminar o desconhecido. Eles tentaram, é claro que tentaram, mas a natureza às vezes é implacável.

O Amanhecer Trouxe a Resposta

Com a luz do dia, uma equipe especializada em mergulho retornou ao local determinado. E não foi fácil — a visibilidade subaquática na represa de Jurumirim deixa muito a desejar, me contaram. Os profissionais tiveram que trabalhar quase às cegas, guiados mais por experiência do que por qualquer outra coisa.

E então, lá estava ele. Doze metros abaixo da superfície que continuava serena, indiferente à tragédia que se desenrolava em suas profundezas. O corpo foi resgatado e encaminhado ao Instituto Médico Legal de Avaré. Papelada, burocracia, a parte mais fria de todas essas histórias.

Perguntas Sem Resposta

O que levou um garoto de 17 anos a se afogar em uma represa aparentemente tranquila? Seria inexperiência? Uma cãibra? Ou aquela sensação horrível que todo nadador já sentiu pelo menos uma vez — o pânico que paralisa quando você percebe que está em apuros?

A Polícia Civil já abriu inquérito para investigar as circunstâncias do ocorrido. Conversarão com os amigos, com a família, tentarão reconstruir os momentos finais. Mas algumas perguntas, suspeito, nunca terão respostas satisfatórias.

Enquanto isso, em Avaré, uma família chora a perda de um filho, um irmão, um amigo. E as águas da represa de Jurumirim continuam fluindo, carregando consigo histórias que preferiríamos não ouvir.