
Quem passa pela orla da Ponta Negra em Manaus nos últimos dias sente na pele — literalmente — o que é um verão amazônico de rachar. Os termômetros não perdoam: marcaram 38°C na sombra, e no asfalto? Nem se fala. Parece uma chapa quente. Mas enquanto alguns reclamam, outros veem oportunidade.
Os ambulantes, esses sim, estão sorrindo à toa. "Vendi mais água e sorvete hoje do que em toda semana passada", conta José Ribeiro, que há 12 anos trabalha no local. Ele não é exceção: o movimento na orla disparou, e com ele as vendas de itens refrescantes.
O clima que esquenta o bolso
Não é só a temperatura que subiu. O movimento na região aumentou cerca de 60% segundo a Associação dos Vendedores Ambulantes. E olha que a temporada de calor mal começou! "Quando chega nesse pico, a gente trabalha o dobro e lucra o triplo", revela Maria Silva, que vende açaí na área há oito anos.
Os especialistas explicam que esse fenômeno — chamado tecnicamente de "verão amazônico" — costuma durar até setembro. Mas este ano veio mais intenso. Será o aquecimento global? O El Niño? Os vendedores pouco se importam com as causas. O que importa mesmo é que enquanto o sol castigar, o dinheiro vai entrar.
Dicas para enfrentar o calor
- Hidratação é fundamental — água de coco natural é a melhor opção
- Roupas leves e claras fazem diferença (os ambulantes sabem disso)
- Evitar exposição direta ao sol entre 10h e 16h
- Chapéus e bonés não são moda, são necessidade
Curiosidade: alguns vendedores mais experientes já desenvolveram até "técnicas" próprias para lidar com o calor. Tem quem use toalhas molhadas no pescoço, outros preferem aquelas pequenas ventoinhas portáteis. Criatividade não falta!
Enquanto isso, os frequentadores da Ponta Negra dividem-se entre quem busca um refresco e quem aproveita para tirar fotos do pôr do sol — que, diga-se de passagem, está espetacular nessa época do ano. Só não pode esquecer o protetor solar, hein?