
Não é todo dia que a gente para pra pensar no chão que pisa — ou na ponte que cruza. Mas e quando essa estrutura, que devia ser sinônimo de progresso, simplesmente desaba? Foi o que aconteceu numa sexta-feira cinzenta, 23 de agosto, na província de Hebei, norte da China. Doze pessoas morreram. Sim, doze.
Segundo a imprensa local — que noticiou com aquele tom contido de quem já viu tragédias parecidas — a ponte estava em construção e simplesmente cedeu. Não foi um rompimento lento, uma rachadura anunciada. Foi rápido, brutal. Uma queda que ecoou muito além do local do acidente.
As obras de infraestrutura na China são famosas pela velocidade. Mas será que a pressa é mesmo aliada da perfeição? A pergunta fica no ar, assim como a poeira que deve ter subido dos escombros. E olha, não é a primeira vez que algo assim acontece por lá. Lembram do acidente com um teleférico em 2022? Pois é.
O que se sabe até agora sobre o desastre
Autoridades confirmaram: eram trabalhadores no local, gente que estava ali pra cumprir horário, ganhar o pão de cada dia, e não voltou pra casa. Não houve detalhes sobre feridos — o que, convenhamos, é no mínimo curioso. Será que só havia aqueles doze? A gente torce para que sim, mas desconfia que nem tudo foi dito.
Ah, e não custa lembrar: a China vive um boom de construções. Pontes, viadutos, arranha-céus... Tudo cresce vertiginosamente. Mas será que a manutenção — e principalmente a fiscalização — acompanha esse ritmo? Difícil acreditar.
Não é a primeira vez, e provavelmente não será a última
Em 2022, um teleférico despencou num parque florestal — irmão desse desastre de agora em sua natureza brutal e evitável. E antes disso, em 2019, outra ponte veio abaixo. Padrão? Infelizmente, parece que sim.
É aquela história: quando a prioridade é o resultado e não o processo, a conta chega. E quase sempre é paga por quem está na linha de frente, não no escritório com ar-condicionado.
Até agora, nenhuma declaração oficial aprofundada — o que, convenhamos, já é quase um lugar-comum em casos assim. Mas a comoção nas redes sociais chinesas foi imensa. E não é pra menos.
Restam as condolências — que não repõem vidas — e a esperança de que investigações sérias sejam feitas. Mas duvido que alguém segure o otimismo.