
O setor de balonismo no Brasil estava em busca de maior segurança e regulamentação pouco antes de um trágico acidente em Santa Catarina. Representantes da categoria haviam solicitado ao governo federal, apenas três dias antes do ocorrido, a criação de normas específicas para a atividade.
O pedido foi formalizado em reunião com autoridades do Ministério da Infraestrutura, onde foram discutidos padrões de segurança, formação de pilotos e condições técnicas para a operação de balões. A iniciativa partiu de associações do setor, preocupadas com a falta de diretrizes claras para a prática do balonismo no país.
O acidente que chocou Santa Catarina
Na última quarta-feira (15), um balão de ar quente caiu em Santa Catarina, resultando em vítimas fatais. O acidente ocorreu durante um voo turístico na região serrana do estado, levantando questionamentos sobre as condições de segurança da atividade.
Testemunhas relataram que o balão apresentou problemas logo após a decolagem. As causas exatas do acidente ainda estão sendo investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Regulamentação como prioridade
Especialistas em aviação civil destacam que o balonismo é uma das poucas atividades aéreas sem regulamentação específica no Brasil. Atualmente, a prática se baseia em normas genéricas da aviação civil, que não contemplam todas as particularidades dos balões de ar quente.
Entre as principais demandas do setor estão:
- Padronização de equipamentos de segurança
- Exigência de certificação específica para pilotos
- Inspeções técnicas periódicas
- Definição clara de condições meteorológicas adequadas
O Ministério da Infraestrutura informou que analisa o pedido de regulamentação, mas não estabeleceu prazo para conclusão do processo. Enquanto isso, o setor aguarda respostas que possam evitar novas tragédias.