Fusão Azul e Gol emperrada: 7 meses sem aval da CADE e mercado em suspense
Fusão Azul e Gol: 7 meses sem aval do CADE

Parece que o casamento entre a Azul e a Gol está mesmo precisando de um juiz de paz — e olha que já se passaram sete longos meses desde que o negócio foi anunciado. Aquele alvoroço todo de janeiro? Pois é, ficou só no "quase". E o motivo é mais burocrático do que greve de comissário em véspera de feriado.

Acontece que, pasmem, as empresas ainda não bateram na porta do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para pedir o tão sonhado "sim". Sim, você leu certo: sete meses de namoro sério e nem sequer marcaram a audiência com o "padrinho" da concorrência.

O que está pegando?

Pelos bastidores — aqueles corredores onde os executivos falam baixinho —, o papo é que estão ajustando os últimos detalhes do pedido. Tipo quando você vai assinar um contrato de aluguel e fica enrolando para ler a letrinha miúda. Só que, neste caso, a letra miúda vale bilhões.

  • Documentação complexa: Relatórios que dariam um calhamaço do tamanho da lista de espera por milhas
  • Análise de rotas: Definindo quem fica com qual trecho — tipo divisão de guarda de filhos no divórcio
  • Projeções econômicas: Números que precisam convencer até o fiscal mais cético

Enquanto isso, o mercado fica naquele vai-não-vai. Os acionistas? Coçando a cabeça. Os passageiros? Nem sabem se vão ganhar programa de fidelidade integrado ou ter que escolher time.

E o CADE nisso tudo?

O pessoal do conselho já deixou claro: "Sem pedido formal, não adianta chorar no nosso colo". É como chegar no cartório sem RG e esperar que o tabelião faça milagre. A análise — quando finalmente começarem — deve levar uns bons 4 meses no mínimo. Traduzindo: se entrarem com o pedido amanhã, só em 2026 pra saber se o "Azul" vai virar "Azul Gol" ou continuarem solteirões.

"É um jogo de xadrez onde cada movimento precisa ser calculado ao milímetro", soltou um analista que prefere não se identificar — provavelmente pra não estragar o happy hour com os amigos das companhias.

Efeito dominó no setor

Enquanto o relógio corre, a LATAM vai lá e aproveita para conquistar clientes. As low-cost? Aproveitam o vácuo. E os preços das passagens? Bem... melhor nem comentar.

No meio dessa novela — que já tem mais capítulos que certas séries de streaming —, três cenários possíveis:

  1. Casamento perfeito: CADE aprova e criam uma gigante capaz de competir globalmente
  2. União com restrições: Aprovam, mas com tantas condições que quase não vale a pena
  3. Separação amigável: O negócio cai por terra e cada um segue seu rumo

Uma coisa é certa: o vôo rumo à fusão está cheio de turbulências. E pelo visto, ainda vai demorar para o capitão ligar o sinal de "aperte os cintos".