A Força Aérea Brasileira marcou um importante avanço em sua capacidade operacional ao realizar o primeiro lançamento do míssil Meteor a partir de um caça F-39E Gripen. O teste histórico ocorreu nesta quinta-feira (27) e foi classificado pelas autoridades como um absoluto sucesso.
Operação estratégica na Base Aérea de Natal
A operação foi conduzida a partir da Base Aérea de Natal (Bant), no Rio Grande do Norte, representando um marco no desenvolvimento das capacidades de defesa aérea do país. O disparo do míssil de última geração foi direcionado contra um alvo aéreo específico: o Mirach 100/5.
O alvo simulou perfis de voo complexos, reproduzindo manobras de caças inimigos em alta velocidade e altitude. Este cenário desafiador permitiu aos especialistas mensurar com precisão a eficácia do míssil em condições de combate realistas.
Tecnologia de ponta em cenário desafiador
O Major Aviador Gregor Gaspar, do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) - Jaguar, explicou a complexidade da operação: "Os perfis adotados para o emprego do armamento Meteor foram selecionados por uma equipe de pilotos e técnicos extremamente treinados e especializados".
O oficial destacou que o exercício técnico permitiu extrair o máximo potencial do sistema de armas, além de consolidar a doutrina desenvolvida para o emprego de armamento de longo alcance pela FAB, especialmente adaptado para o F-39E Gripen.
Fortalecimento da soberania aérea brasileira
Segundo a Força Aérea Brasileira, a integração bem-sucedida do míssil Meteor ao caça Gripen representa um significativo avanço tecnológico para as forças armadas brasileiras. Esta capacitação fortalece a defesa aérea nacional e mantém a soberania do espaço aéreo brasileiro em padrões mundiais de excelência.
O Comandante da Base Aérea de Natal, Brigadeiro do Ar Breno Diogenes Gonçalves, enfatizou a importância do teste: "O lançamento foi o cenário perfeito para realizar essa transferência de tecnologia, de nós, como Força Aérea, aprender, verificar e testar como o binômio F-39 Gripen e Meteor são eficientes na guerra aérea moderna".
A operação contou com a participação direta da fabricante do míssil em conjunto com o Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), organização da própria Força Aérea Brasileira, garantindo que todo o conhecimento técnico fosse devidamente absorvido pelos especialistas nacionais.