A Força Aérea Brasileira (FAB) comemorou um marco importante em sua capacitação operacional com o primeiro lançamento bem-sucedido do míssil Meteor pelo caça F-39E Gripen. O teste histórico ocorreu na quinta-feira (27) e foi divulgado pela instituição na sexta-feira (28).
Operação estratégica na Base Aérea de Natal
O lançamento pioneiro foi realizado a partir da Base Aérea de Natal (Bant), localizada no Rio Grande do Norte. Segundo comunicado oficial da FAB, a operação foi classificada como "sucesso absoluto", representando um avanço significativo para a defesa aérea nacional.
Os caças Gripen F-39, considerados entre os mais tecnológicos do mundo pela FAB, começaram a chegar ao Brasil em 2020. A Força Aérea encomendou um total de 36 aeronaves desse modelo, que podem alcançar impressionantes 2.400 km/h de velocidade.
Tecnologia avançada do míssil Meteor
O míssil Meteor representa um salto tecnológico em comparação com os mísseis convencionais. Enquanto os modelos tradicionais utilizam foguetes que percem potência com o tempo, o Meteor conta com um motor ramjet que permite ganhar velocidade durante o voo.
Esta tecnologia possibilita ao míssil atingir alvos a longa distância, incluindo caças inimigos, drones e mísseis de cruzeiro, mesmo em ambientes com interferências eletrônicas complexas.
Cenário desafiador e precisão comprovada
O teste foi realizado em condições operacionais extremamente desafiadoras. O disparo direcionou-se contra o alvo aéreo Mirach 100/5, que simulou perfis de voo de caças adversários, executando manobras em alta velocidade e altitude.
Este cenário permitiu aos especialistas mensurar com precisão o nível de eficácia alcançado pelo míssil em condições que simulam combate real. A operação contou com a participação da fabricante do míssil e do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), organização da própria Força Aérea Brasileira.
De acordo com a FAB, a integração de armamentos de última geração como o Meteor no F-39E Gripen fortalece significativamente a capacidade de defesa aérea do Brasil e garante a manutenção da soberania do espaço aéreo nacional em padrões internacionais.