Azul se desprende de aeronaves paradas e mira saída da recuperação judicial — veja os detalhes
Azul projeta saída da recuperação judicial em 2025

Quem diria que aqueles gigantes de metal parados nos pátios poderiam virar a chave para um novo capítulo? A Azul, que vinha nadando contra a corrente nos últimos anos, finalmente começou a sentir o vento a favor — e não só metaforicamente.

Nessa jogada de mestre (ou de desespero, dependendo de quem você pergunta), a companhia decidiu devolver parte de sua frota ociosa. Parece contra intuitivo, mas a matemática financeira não mente: menos aviões parados significam menos custos fixos sugando o caixa. E olha que a conta não é pequena — estamos falando de dezenas de milhões por mês só em manutenção.

O respiro financeiro

Enquanto isso, nas rotas comerciais, os números começaram a sorrir para a Azul. O segundo trimestre trouxe uma receita que fez os analistas coçarem a cabeça — positiva, contra todas as expectativas. Alguém esqueceu de avisar a crise que a Azul ainda estava no jogo?

  • Faturamento subiu 12% em relação ao mesmo período de 2024
  • Ocupação média das aeronaves bateu 81%
  • Custos operacionais caíram 7% com as devoluções

"A gente tá vendo luz no fim do túnel, mas ainda tem chão pela frente", admitiu um executivo que preferiu não ter o nome divulgado. Traduzindo do corporativês: as coisas melhoraram, mas ninguém vai soltar fogos ainda.

O que vem por aí

Os planos agora? Otimizar rotas, apertar os cintos onde der e — quem sabe — apresentar um plano de saída da recuperação judicial ainda esse ano. O juiz responsável pelo caso já deu sinais de que pode liberar a companhia mais cedo do que o previsto, especialmente se os números continuarem nessa toada.

Mas calma lá antes de comemorar. O mercado aéreo brasileiro ainda é um campo minado, com combustível caro, dólar oscilante e passageiros mais econômicos que nunca. A Azul pode ter encontrado o caminho, mas a estrada ainda é longa e cheia de curvas.

Uma coisa é certa: depois de anos sendo a "problemática" do setor, a empresa finalmente parece ter virado a página — ou pelo menos encontrou o marcador de página certo. Resta saber se essa história terá final feliz ou se será mais um daqueles "quase lá" que tanto vemos na aviação brasileira.