
O cenário da aviação brasileira está mais turbulento do que um voo em meio a uma tempestade tropical. A Azul, que já vinha enxugando suas operações, decidiu dar mais um passo drástico: cortar rotas consideradas pouco rentáveis. Enquanto isso, a Gol — que até pouco tempo atrás parecia animada com a possibilidade de uma fusão — agora mostra sinais claros de desânimo.
Não é segredo pra ninguém que o setor aéreo tá passando por um momento delicado. Combustível caro, dólar nas alturas e uma demanda que ainda não voltou aos níveis pré-pandemia. A Azul, sempre pragmática, tá fazendo o que qualquer empresa faria: cortando gastos onde dói menos. Mas será que essa estratégia vai segurar as pontas por muito tempo?
Gol: do entusiasmo ao "vamos com calma"
Se tem uma coisa que deixou todo mundo de cabelo em pé foi a mudança de tom da Gol. A companhia, que antes parecia empolgada com a ideia de se juntar à Azul, agora fala no assunto com um pé atrás — ou melhor, com os dois pés e meio. Fontes do mercado dizem que os acionistas estão com receio de perder espaço num eventual negócio.
"A gente vê com cautela", diz um executivo que prefere não se identificar. Traduzindo: tão com medo de sair no prejuízo. E não é pra menos — fusão no Brasil é como casamento no carnaval: todo mundo acha lindo na hora, mas depois...
O que esperar do futuro?
Analistas apontam três possíveis cenários:
- Cenário otimista: As empresas conseguem se reorganizar, a economia melhora e o setor decola de novo (trocadilho inevitável).
- Cenário realista: Mais cortes, menos voos e passagens mais caras — pelo menos até 2025.
- Cenário pessimista: Uma das companhias não aguenta o tranco e... bem, melhor nem pensar.
Enquanto isso, o passageiro — aquele ser que todo mundo diz priorizar mas sempre sai no prejuízo — se vira nos trinta pra achar um voo decente sem ter que vender um rim. A vida não tá fácil pra ninguém, mas no setor aéreo brasileiro, parece que a turbulência veio pra ficar.