
Que tristeza, hein? A ANAC - aquela Agência Nacional de Aviação Civil - acabou de soltar uma bomba sobre o acidente aéreo que abalou São Luís no último sábado. O avião que levava o vereador Raimundo Graça, um Piper PA-46 Malibu, simplesmente não tinha permissão nenhuma para trabalhar como táxi aéreo. Nada, zero!
Pensa só: a queda aconteceu na tarde de sábado, lá pelas 16h30, perto da Praia do Boi, no litoral do Maranhão. O vereador, que tinha 67 anos, estava junto com mais três pessoas. Três vidas perdidas de uma vez. Uma tragédia dessas deixa qualquer um sem palavras.
Operação na ilegalidade total
A ANAC foi categórica: a tal empresa Aero Taxi TAM - não confundir com a antiga companhia aérea, claro - não tinha a mínima autorização para fazer transporte remunerado. É como se um carro particular resolvesse fazer Uber sem estar cadastrado, só que nas alturas. E o pior: o certificado de habilitação da empresa já tinha expirado fazia tempo, desde 2019!
O que me deixa pensando é: como é que uma empresa consegue operar tanto tempo na ilegalidade? Será que ninguém fiscaliza? A ANAC garante que vai investigar tudo, mas a gente sabe como essas coisas funcionam no Brasil - devagar e sempre.
Os detalhes que assustam
O voo tinha saído de São Luís com destino a Carolina, mas nunca chegou. O que restou do Piper PA-46 Malibu, prefixo PR-ZSE, foi encontrado completamente destruído. Dá até um aperto no coração de imaginar.
E olha que curioso: a própria ANAC confirmou que a empresa não tinha nem mesmo o Certificado de Habilitação de Empresa (CHE) ativo. Sem esse documento, é como se a empresa nem existisse para a aviação civil. Um completo "faz de conta".
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) já está com a investigação nas mãos. Eles prometem descobrir não só as causas do acidente, mas também todas as irregularidades que levaram a essa situação.
Um vácuo na fiscalização?
Isso tudo me faz questionar: será que a fiscalização da aviação civil no Brasil está funcionando direito? Como uma empresa consegue operar por anos sem as devidas autorizações? Parece que tem algo muito errado nesse sistema.
O pior é que não é a primeira vez que ouvimos falar em empresas aéreas operando na margem da lei. Lembro de outros casos que apareceram nos jornais nos últimos anos. Uma pena que só nos lembramos desses problemas quando a tragédia bate à porta.
Agora, além do luto das famílias, temos que lidar com a frustração de saber que talvez essa tragédia pudesse ter sido evitada. Se houvesse uma fiscalização mais rigorosa, talvez o avião nem tivesse decolado naquele sábado.
Enquanto isso, São Luís chora a perda de um de seus vereadores e outras duas vidas. A cidade está de luto, e as perguntas sobre a segurança da aviação no Maranhão - e no Brasil todo - continuam sem resposta.