O cenário da aviação brasileira passa por mais uma significativa transformação com a venda de dois importantes terminais maranhenses para um grupo internacional. O Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, localizado em São Luís, e o Aeroporto Renato Cortez Moreira, situado em Imperatriz, foram adquiridos por uma empresa mexicana em uma transação bilionária.
Detalhes da transação bilionária
A operação de venda foi concretizada pela Motiva Aeroportos, atual administradora dos terminais, que decidiu alienar 100% de sua plataforma de aeroportos no Brasil. O comprador é o Aeropuerto de Cancún, S.A. de C.V., uma subsidiária do Grupo Aeroportuario del Sureste, S.A.B. de C.V. (ASUR), que já possui expressiva experiência no setor.
O valor total da transação alcança a impressionante marca de R$ 11,5 bilhões, sendo que deste montante, R$ 5 bilhões referem-se a equity e R$ 6,5 bilhões correspondem a dívidas líquidas. O acordo também inclui a alienação de 100% das ações da Motiva na CPC Holding, empresa que reúne cotas dos 20 aeroportos administrados pela companhia.
Quem é o novo dono dos aeroportos
O Grupo ASUR não é novato no mercado de aviação. A empresa mexicana opera atualmente nove aeroportos no México e outros sete terminais em diversos países da América Latina, demonstrando sólida expertise na gestão de infraestrutura aeroportuária.
A experiência internacional do grupo é vista como um diferencial positivo para o desenvolvimento dos aeroportos maranhenses, podendo trazer novas tecnologias e práticas de gestão que beneficiem tanto passageiros quanto as regiões servidas por esses terminais.
Próximos passos e garantias operacionais
A conclusão da venda está prevista para 2026, mas depende da análise e aprovação do poder concedente e dos órgãos de defesa da concorrência. Enquanto isso, a operação dos aeroportos mantém sua normalidade.
A Motiva Aeroportos assegurou que todos os colaboradores serão mantidos em seus postos de trabalho e que a concessionária permanecerá na administração dos terminais durante os próximos meses, garantindo a continuidade dos serviços sem interrupções para os usuários.
Esta movimentação representa mais um capítulo na consolidação do setor aeroportuário brasileiro, com grupos internacionais demonstrando crescente interesse em investir na infraestrutura do país, especialmente em regiões com potencial de desenvolvimento econômico como o Maranhão.