Um ano da morte do músico Thiago Ramon por queda de marquise em JF
Um ano da morte de músico por queda de marquise em JF

Nesta sexta-feira (21) completa um ano da trágica morte do professor de música Thiago Ramon de Freitas Ferreira, de 38 anos, vítima fatal do desabamento de uma marquise no Centro de Juiz de Fora. O acidente ocorreu em novembro de 2024 na parte baixa da Rua Marechal Floriano Peixoto, quando a estrutura desmoronou sobre a calçada onde o músico passava.

Investigação policial e conclusão do caso

A Polícia Civil abriu investigação imediatamente após o ocorrido para apurar as causas do desabamento. O delegado Samuel Neri, responsável pelo caso, informou que as diligências já foram concluídas. O inquérito policial foi enviado para digitalização em Belo Horizonte e, quando retornar, apresentará as conclusões definitivas sobre as responsabilidades pelo acidente.

Thiago Ramon era um talentoso profissional da música, professor do Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano, localizado a apenas 100 metros do local do acidente. Ele era licenciado em Música pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e também atuava como produtor musical, deixando um legado significativo na cultura local.

Medidas preventivas e homenagens póstumas

Em resposta à tragédia, a Prefeitura de Juiz de Fora intensificou drasticamente as ações de fiscalização de marquises por toda a cidade. De novembro de 2024 a novembro de 2025, foram realizadas 542 diligências fiscais que resultaram em:

  • 2.390 termos de intimação
  • 96 autos de infração
  • 35 autos de interdição

Uma das principais conquistas em memória do músico foi a sanção da Lei "Músico Thiago Ramon" em março de 2025, de autoria do Executivo municipal. A nova legislação estabelece a obrigatoriedade de apresentação de laudos sobre a estabilidade das marquises a cada dois anos e impõe multa de R$ 6 mil para o descumprimento da norma.

Legado e homenagens permanentes

Em julho de 2025, Thiago Ramon recebeu uma homenagem permanente que perpetuará sua memória na cidade. Uma rua no Bairro Nossa Senhora Aparecida, local onde ele morava, próximo à Praça Teotônio Vilela, recebeu seu nome. A proposta foi apresentada pelo vereador Luiz Otávio Fernandes Coelho, conhecido como Pardal, e aprovada pela Câmara Municipal.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Juiz de Fora para saber se alguma providência foi tomada especificamente em relação ao proprietário da marquise que desabou e causou a morte do professor, mas ainda aguarda retorno oficial.

O caso serviu como alerta para a necessidade de manutenção preventiva de estruturas urbanas e resultou em significativos avanços na legislação de segurança das edificações em Juiz de Fora, garantindo que a tragédia que tirou a vida de Thiago Ramon não se repita.