
Um grupo de moradores da ocupação localizada sob o Viaduto Nove de Julho, no centro de São Paulo, realizou um protesto nesta terça-feira (1º) após ser impedido de retornar ao local, que foi destruído por um incêndio no último sábado (28).
Segundo relatos, a Prefeitura de São Paulo interditou a área alegando "riscos estruturais" após o fogo, que consumiu barracos e pertences dos moradores. Os manifestantes, no entanto, acusam a administração municipal de tentar despejá-los sem oferecer alternativas de moradia.
Confronto e reintegração
Durante o protesto, houve tensão entre moradores e agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que reforçavam a interdição. Algumas pessoas tentaram furar o bloqueio, mas foram contidas. "Não temos para onde ir. Isso aqui era nossa casa", disse uma das manifestantes à imprensa.
Prefeitura se pronuncia
Em nota, a prefeitura afirmou que o local está em vistoria técnica e que "o acesso só será liberado após laudo que comprove a segurança". A administração também destacou que ofereceu abrigo temporário, mas muitos moradores recusaram por medo de perder o direito à área.
Contexto da ocupação
A ocupação sob o viaduto existe há mais de cinco anos e abriga cerca de 80 famílias, segundo lideranças locais. O incêndio de sábado destruiu aproximadamente 30 barracos, mas a causa ainda é desconhecida.