Uma tragédia de grandes proporções atingiu Hong Kong nesta quarta-feira, 26 de novembro de 2025, quando um incêndio devastador consumiu várias torres de um complexo residencial no distrito de Tai Po, resultando em pelo menos 44 mortos.
Detalhes da tragédia no complexo residencial
O fogo atingiu as torres de 31 andares do conjunto Wang Fuk Court, localizado na área norte de Hong Kong, próximo à fronteira com Shenzhen, na China continental. Imagens dramáticas do local mostraram bombeiros combatendo as chamas de cima de caminhões com escadas, enquanto densas colunas de fumaça cinza escapavam dos edifícios.
O Wang Fuk Court é um complexo habitacional significativo, composto por oito blocos que totalizam aproximadamente 2.000 unidades residenciais. No momento do incidente, várias das torres estavam cercadas por andaimes de bambu, estrutura comum em projetos de construção e reforma em Hong Kong, mas que vem sendo gradualmente eliminada pelo governo por questões de segurança.
Investigação aponta negligência grave
As autoridades locais confirmaram a prisão de três suspeitos ligados à tragédia: dois diretores e um consultor de uma empresa de construção. A polícia acusa os homens de "negligência grave" em relação às condições de segurança no local.
Durante as investigações, oficiais encontraram o nome da empresa de construção em placas inflamáveis de poliestireno que os bombeiros identificaram bloqueando algumas janelas do complexo residencial. Além disso, as autoridades suspeitam que outros materiais de construção encontrados nos apartamentos — incluindo redes de proteção, lonas e coberturas plásticas — não atendiam aos padrões de segurança exigidos.
Consequências e medidas de segurança
A tragédia no distrito de Tai Po levanta sérias questões sobre as práticas de segurança na indústria da construção civil em Hong Kong. O governo local já havia anunciado no início deste ano que começaria a eliminar gradualmente o uso de andaimes de bambu em obras públicas, justamente por preocupações com a segurança.
Os serviços de emergência continuam trabalhando no local enquanto as investigações sobre as causas exatas do incêndio prosseguem. A comunidade de Hong Kong se une em luto pelas 44 vítimas desta tragédia evitável, que expôs falhas críticas nos protocolos de segurança de construções residenciais.