Tragédia em complexo residencial deixa dezenas de vítimas
Um violento incêndio consumiu várias torres de um complexo habitacional em Hong Kong, resultando em pelo menos 36 mortes confirmadas até o momento. O sinistro ocorreu na quarta-feira (26) no distrito norte de Tai Po, espalhando pânico entre os moradores do local.
Emergência e resgate
Os serviços de emergência foram acionados rapidamente para conter as chamas que tomavam conta dos edifícios. Colunas de fumaça cinza e espessa subiam dos prédios enquanto as equipes de resgate trabalhavam contra o tempo para salvar vidas. De acordo com o chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, 279 pessoas permaneciam incomunicáveis dentro do bloco de edifícios, e pelo menos 29 haviam sido hospitalizadas.
O Corpo de Bombeiros local confirmou que recebeu os primeiros relatos do incêndio no Wang Fuk Court, um complexo habitacional composto por oito blocos com quase 2.000 unidades residenciais. O local fica próximo à divisa do território autônomo chinês com o restante da China.
Andaimes de bambu podem ter agravado situação
Um detalhe que chamou atenção foi a presença de andaimes de bambu no exterior de várias torres do complexo, o que pode ter contribuído para a rápida propagação das chamas. Hong Kong é um dos últimos lugares do mundo a usar esse material para estruturas de construção civil.
O governo local já havia anunciado em março deste ano o início de uma eliminação gradual do uso de bambu em andaimes, citando questões de segurança. A tragédia parece confirmar os riscos associados a essa prática tradicional.
John Lee afirmou, no início da madrugada de quinta-feira no horário local (tarde de quarta-feira em Brasília), que o fogo começava a ser controlado após horas de combate intenso. Uma força-tarefa foi designada para investigar as causas do incêndio, que ainda permanecem desconhecidas.
Impacto no trânsito e características do complexo
O Departamento de Transportes de Hong Kong informou que uma seção inteira da rodovia de Tai Po foi fechada devido ao incêndio, com ônibus sendo desviados para outras rotas. O caos no trânsito complicou ainda mais os trabalhos de emergência.
Segundo a agência Reuters, que citou sites de propriedade imobiliária, o complexo residencial é parte de um programa de subsídios para casa própria do governo local e está habitado desde 1983. A tragédia atinge principalmente famílias de baixa renda que se beneficiaram do programa habitacional.
As operações de resgate continuam no local enquanto as autoridades trabalham para identificar todas as vítimas e prestar assistência às famílias afetadas pela tragédia.