Incêndio interrompe debates na COP30 em Belém
Um incêndio de grandes proporções atingiu nesta quinta-feira (20) um dos pavilhões da COP30 em Belém, causando o evacuation imediato de milhares de pessoas que participavam do evento climático mundial. O fogo começou durante um painel sobre financiamento climático no estande da África Oriental, criando momentos de tensão e correria na chamada Zona Azul do evento.
Momento de pânico e evacuação organizada
Quem estava no palco do debate só percebeu a emergência quando as pessoas na plateia começaram a correr e gritar "fire" e "fogo". Em questão de segundos, as chamas se espalharam rapidamente pelas divisórias do pavilhão e alcançaram a cobertura, abrindo um buraco significativo na lona que cobria a estrutura.
Bombeiros e seguranças agiram rapidamente utilizando extintores de incêndio para conter as chamas. Imagens registradas no local mostravam faíscas e estouros que pareciam vir da fiação elétrica, indicando uma possível causa para o incidente.
Uma jovem responsável pelo credenciamento na Área Azul relatou: "A gente viu aquela fumaça e começou a sentir o cheiro. Percebemos que o negócio ia se espalhar e a gente teve que sair correndo".
Resposta rápida e controle do fogo
O repórter Tiago Eltz, que estava no local, descreveu a cena: "Aqui o pessoal está orientando para que quem está no evento saia pelas portas que foram abertas nas salas de reunião. Nesse acesso principal, as salas ficam ao lado e eles estão fazendo a retirada das pessoas pelas saídas de emergência".
Outra testemunha contou: "As pessoas começaram a correr, correr e gritar fire, fogo, e a gente precisou sair, eles liberaram todas as portas". Apesar do susto, quem estava nas salas de negociação conseguiu sair de forma apressada, mas sem confusão generalizada.
Imagens de segurança revelaram que apenas 38 segundos se passaram entre o aparecimento das primeiras chamas e a utilização dos primeiros extintores. Os bombeiros conseguiram controlar o fogo em aproximadamente seis minutos, utilizando 244 extintores e uma mangueira.
Estrutura anti-chamas evitou tragédia maior
O ministro do Turismo, Celso Sabino, que estava no local durante o incidente, destacou que os materiais utilizados na construção do pavilhão evitaram consequências mais graves. "Importante destacar que durante a construção desse espaço foram respeitados todos os critérios técnicos e fomos além, garantimos materiais na cobertura e no forro que são antichamas, anti-incêndio", afirmou.
Nievis Miranda, auxiliar de TI que estava no estande da África, descreveu o momento exato: "Eu estava de frente no estande lá da África, experimentando umas comidas. E quando eu virei, eu já só vi uma pessoa vindo de lá, um estrangeiro, correndo, gritando 'FIRE, FIRE, FOGO, FOGO!'. Ele começou embaixo e tomou conta muito rápido".
Preocupações anteriores com a estrutura
O incidente ocorre uma semana após o secretário executivo do braço climático da ONU ter enviado uma carta ao governo brasileiro expressando preocupações com a segurança e a estrutura dos pavilhões. A carta mencionava especificamente alagamentos significativos durante as chuvas que colocavam as instalações em risco devido à exposição da rede elétrica.
Na ocasião, a Casa Civil respondeu afirmando que havia ampliado o perímetro e o efetivo de segurança, e que não houve alagamentos no interior do pavilhão, apenas "goteiras pontuais e vazamentos por problemas nas calhas" que já teriam sido consertadas.
Apesar do susto e da interrupção das atividades, não houve feridos registrados no incidente. A organização da COP30 confirmou que o fogo foi completamente controlado e que as atividades seriam retomadas após a verificação de segurança em toda a estrutura.