A Escola Sesi Professora Quita Guimarães, localizada no bairro Ibituruna em Montes Claros, foi interditada pela Defesa Civil nesta quarta-feira (19) após a identificação de problemas estruturais graves no prédio que abriga a instituição.
Vistoria técnica confirma riscos
De acordo com informações da prefeitura municipal, técnicos da Secretaria Municipal de Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros realizaram uma vistoria detalhada na manhã de quarta-feira. A ação foi desencadeada após o recebimento de um laudo de engenharia enviado pela FIEMG, entidade responsável pela administração da escola.
O documento técnico apontava a existência de diversas "patologias" na estrutura do edifício que poderiam colocar em risco a segurança de alunos e funcionários. A própria FIEMG já havia tomado a iniciativa de desocupar o prédio no dia 14 de novembro, antecipando-se à vistoria oficial das autoridades.
Medidas emergenciais implementadas
Com a interdição formal do estabelecimento, as atividades escolares do Sesi foram transferidas integralmente para o formato remoto. A instituição já comunicou oficialmente aos pais e responsáveis sobre a mudança temporária no modelo de ensino.
Em comunicados internos, a direção da escola informou que aguarda novas orientações técnicas para definir os próximos passos a serem tomados em relação ao imóvel e ao retorno das aulas presenciais.
Posicionamento oficial da Defesa Civil
Em nota oficial, a prefeitura de Montes Claros deixou claro que a vistoria identificou riscos significativos para a reocupação do prédio, citando especificamente um "evidente comportamento anormal da estrutura".
A Defesa Civil determinou que o edifício permaneça completamente fechado até que seja realizada uma análise aprofundada das causas dos problemas estruturais. Somente após a conclusão dos reparos necessários e a emissão de um novo laudo atestando a segurança da construção é que poderá ser considerada a reabertura do local.
O município reforçou que a interdição será mantida até nova vistoria após a apresentação do laudo conclusivo sobre as condições do prédio.
Construtora envolvida nega responsabilidade
O caso ganhou destaque nas redes sociais quando se descobriu que o prédio onde funciona o Sesi foi construído há aproximadamente 10 anos pela Turano Construtora. A mesma empresa esteve associada a outro edifício interditado na cidade no ano passado.
Questionada sobre a situação atual, a Turano Construtora emitiu nota negando qualquer relação com a interdição. A empresa afirmou que:
- Não recebeu notificação oficial sobre o prédio
- Nunca foi proprietária do imóvel
- Sua atuação limitou-se à execução do projeto fornecido na época
- O prazo de responsabilidade técnica já expirou
A construtora ainda declarou estar à disposição para esclarecimentos sobre obras que ainda estejam sob sua responsabilidade contratual direta.
Próximos passos e situação atual
A reabertura da Escola Sesi Professora Quita Guimarães depende exclusivamente da conclusão de um novo laudo técnico e de uma nova vistoria da Defesa Civil que comprove a segurança do local.
Enquanto aguardam a resolução dos problemas estruturais, todas as atividades pedagógicas continuam sendo realizadas de forma remota, garantindo a continuidade do processo de ensino-aprendizagem para os estudantes afetados pela interdição.