
Era uma manhã comum no movimentado bairro de Ponta Negra, em Natal, quando o asfalto simplesmente decidiu ceder. Não foi algo dramático, com estrondos ou algo do tipo — foi mais como um suspiro cansado da terra, que abriu suas entranhas bem no meio da movimentada Avenida Engenheiro Roberto Freire.
O que começou como uma simples infiltração — daquelas que a gente até ignora — transformou-se numa cratera impressionante de 4 metros de profundidade. Quem passa por ali agora se depara com uma cena que mais parece aqueles filmes de catástrofe, sabe? Só que real, bem no coração da cidade.
O que realmente aconteceu?
Parece que a água encontrou seu caminho — como sempre encontra — e foi minando pacientemente o solo sob o asfalto. A Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) confirmou a origem do problema: um vazamento na rede de abastecimento, escondido lá nas profundezas.
O estrago foi considerável. A faixa central da avenida, aquela mesma que tantos motoristas usam no dia a dia, agora está completamente interditada. E olha, não é algo que se resolva com um pouco de brita e boa vontade — a previsão é que os reparos levem uns bons dias.
E o trânsito, como fica?
Bom, imagina só fechar uma das principais vias da cidade numa segunda-feira? O caos foi inevitável. Os motoristas que dependem da Roberto Freire precisaram buscar rotas alternativas, e os congestionamentos se espalharam pelas vias secundárias como um efeito dominó.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) agiu rápido — pelo menos tentou. Sinalização foi instalada, desvios foram organizados, mas convenhamos: quando uma artéria principal para, todo o organismo da cidade sente.
Agora é aquela correria contra o relógio. A Caern já está no local, trabalhando para reparar o vazamento original. Só depois que a água estiver controlada é que a Prefeitura poderá começar o trabalho mais pesado: reconstruir o que a natureza — com uma ajudinha da infraestrutura envelhecida — resolveu desmanchar.
Enquanto isso, natalenses seguem se virando nos trinta, desviando do buraco literal que apareceu em seu caminho. Mais um lembrete de que, por baixo do concreto e asfalto que revestem nossas cidades, a natureza sempre tem a última palavra.