Celular explode durante troca de tela em assistência técnica no Paraná
Celular explode em assistência técnica no Paraná

Um celular explodiu e pegou fogo durante um procedimento de troca de tela em uma assistência técnica na cidade de Ibiporã, no norte do Paraná. O incidente, registrado por câmeras de segurança, ocorreu por volta das 17h30 da última sexta-feira (28), mas as imagens foram divulgadas apenas nesta terça-feira (2).

O que levou à explosão do aparelho?

De acordo com Alex Vital, proprietário do estabelecimento, o celular havia sido adquirido pela loja para passar pela substituição da tela e posteriormente seria revendido. Durante o processo de reparo, o aparelho foi colocado em uma chapa térmica, equipamento utilizado para amolecer a cola que fixa a tela ao restante do componente.

Vital detalhou que a combinação de fatores levou ao acidente. A temperatura ambiente do local estava alta e, como o molde da tela desse modelo específico era feito de ferro, o aquecimento do dispositivo aconteceu de forma muito rápida e intensa.

Explicação técnica para o incidente

"No momento em que estava fazendo a separação da tela, houve um aquecimento excessivo na bateria", explicou o técnico. "Como ela é compacta, tem os polos positivo e negativo muito próximos e contém um líquido interno. Quando esse líquido entra em contato com o oxigênio, devido a uma ruptura, pode causar uma explosão", completou Vital, descrevendo a reação química que gerou as chamas.

Reação e consequências

Nas imagens do circuito interno de segurança, é possível ver Alex Vital se aproximando das chamas com um extintor de incêndio. Contudo, como o fogo diminuiu rapidamente, ele decidiu não utilizar o equipamento. O celular foi resfriado, mas não pôde ser recuperado, restando apenas a placa-mãe intacta.

Felizmente, ninguém ficou ferido no ocorrido. O proprietário, que tem 15 anos de experiência na área, afirmou que já presenciou casos em que a bateria "estourou", mas nunca uma explosão com essas proporções. "Dessa vez a gente ficou surpreso e assustado. Em 15 anos, isso nunca tinha acontecido", declarou.

O caso serve como um alerta para os riscos envolvidos na manipulação de baterias de íon-lítio, comuns em smartphones, especialmente em ambientes com temperatura elevada e durante procedimentos que envolvem calor direto.