Um casal de jovens passou por uma situação de desespero e ficou preso por pelo menos duas horas dentro da área de autoatendimento de uma agência bancária em São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo. O incidente ocorreu na noite de sexta-feira (5), quando as portas automáticas do local se fecharam repentinamente enquanto eles realizavam um depósito.
O desespero dentro da agência bancária
Thaisa Morais de Faria, de 20 anos, e Anderson Medeiros, de 26, decidiram fazer um depósito por volta das 22h após receberem um valor no período da tarde. Eles haviam desistido de uma agência mais cedo devido a uma fila longa e, para evitar gastar o dinheiro, resolveram concluir a operação em outro ponto de autoatendimento que ainda funcionava após as 21h30.
O depósito principal foi realizado e compensado às 22h14. No entanto, uma nota de R$ 50, que estava amassada, não foi aceita pelo terminal. No momento em que Thaisa tentava reinserir a cédula, as portas automáticas começaram a descer sem qualquer aviso sonoro ou visual prévio. "Corremos, porém, não deu tempo e ficamos presos lá dentro", relatou a jovem ao g1.
Tentativas frustradas de resgate e uma solução caseira
Sem conseguir sair, o casal acionou a Polícia Militar. Para surpresa deles, uma policial questionou a presença na agência após as 22h. Thaisa explicou que não sabia que o acesso era bloqueado automaticamente naquele horário.
A ocorrência mobilizou não apenas a PM, mas também o Corpo de Bombeiros e familiares, que foram até o local prestar apoio do lado de fora. As autoridades tentaram contatar o gerente do banco, mas ele, não autorizou o arrombamento da porta e sugeriu que o casal aguardasse até as 6h da manhã, quando as portas se abririam automaticamente.
"Eu entrei em pânico, era impossível ficarmos todo esse tempo trancados lá dentro", desabafou Thaisa. A central do banco, por telefone, teria autorizado a liberação, mas sem a presença física do gerente local, não havia como executar a abertura de forma segura. O casal também procurou, sem sucesso, o botão de emergência que permite a abertura manual das portas.
A fuga pela portinhola técnica
Após cerca de duas horas de confinamento, os jovens observaram que a porta metálica possuía parafusos e uma pequena abertura técnica. Eles usaram essa portinhola para desparafusar uma peça, destravar o mecanismo e abrir um vão, por onde finalmente conseguiram escapar, já após a meia-noite, sob a observação dos policiais do lado de fora.
O g1 entrou em contato com o Banco do Brasil, responsável pela agência, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem original. O episódio levanta questões sobre a segurança e os protocolos de funcionamento das portas automáticas em áreas de autoatendimento bancário fora do horário comercial.