
Era uma terça-feira como qualquer outra em Montes Claros — até que o barulho ensurdecedor de metal se espatifando no chão fez todos virarem a cabeça. Uma caixa d'água, daquelas que a gente nem nota no dia a dia, resolveu dar um passeio não autorizado do alto de um prédio comercial na região central.
Testemunhas contam que foi coisa de cinema: o tanque despencou feito um meteoro, arrastando parte da estrutura do telhado. Três pessoas — um motoboy, uma senhora com sacolas de compras e um adolescente — passaram literalmente a centímetros de virar estatística.
"Foi como se o céu tivesse caído"
O pedreiro Raimundo Nonato, que trabalhava num prédio vizinho, ainda estava com as mãos tremendo quando nos contou: "A senhora ali da padaria gritou mais alto que britadeira. Quando olhei, só vi a poeira subindo e aquele monte de gente correndo feito barata tonta."
Pelas nossas contas, o troço pesava fácil meia tonelada. Caiu com tanta força que abriu uma cratera no asfalto — imagina se acertava alguém? Nem quero pensar.
E agora, José?
A Defesa Civil já tá no pé do dono do imóvel. Aparentemente, a estrutura estava enferrujada há tempos, mas ninguém botou fé. Multa? Vai ter. Processo? Provavelmente. O que importa é que, por um triz, não virou caso de IML.
Enquanto isso, os moradores da região andam olhando pra cima com certa desconfiança. Quem garante que outras caixas d'água por aí não estão só esperando o momento certo pra dar adeus? A prefeitura prometeu vistoriar os prédios antigos, mas... sabe como é, né?
Ah! E pra completar o circo, o vazamento causado pelo rompimento deixou meio quarteirão sem água até o fim da tarde. Só faltava mesmo chover — mas aí já seria pedir demais pro destino.