
Parece que tem gente que insiste em brincar com fogo — literalmente. E não é metáfora não. O aeroporto internacional de Belo Horizonte, o tanajuro Confins, está enfrentando uma situação que dá nos nervos: queimadas ilegais surgindo como cogumelos depois da chuva no seu entorno.
E olha, não é exagero dizer que a coisa tá feia. Só na última semana, as câmeras de monitoramento — aqueles olhos eletrônicos que não piscam — captaram nada menos que sete focos de incêndio deliberados. Sete! É como se alguém estivesse tentando testar a paciência dos deuses da aviação.
Perigo Real nas Alturas
O Luiz Fara Monteiro, diretor-presidente do aeroporto, tá com a pulga atrás da orelha. E com razão. Ele mesmo soltou um comunicado que é praticamente um grito de alerta: "Essas queimadas criminosas representam um risco concreto à segurança das operações aéreas".
Não é difícil entender o porquê. A fumaça dessas queimadas — aquela cortina cinza e sufocante — pode reduzir a visibilidade dos pilotos na hora mais crítica: a aproximação para pouso. Imagina você a centenas de quilômetros por hora, tentando enxergar através de uma névoa que não deveria estar lá? É de gelar o sangue.
E não para por aí. As partículas em suspensão? Podem ser aspiradas pelos motores das aeronaves — e aí, meu amigo, o problema escala rápido.
Jogando com a Segurança de Todos
O mais revoltante nessa história toda? A absoluta falta de noção de quem tá botando fogo. É como se achassem que estão queimando lixo no quintal de casa, sem perceber que estão brincando com a segurança de milhares de pessoas.
O aeroporto já acionou todo mundo que tem que ser acionado: Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, órgãos ambientais... É um dispositivo de força-tarefa que, francamente, não deveria ser necessário.
E Agora, José?
Enquanto isso, as autoridades seguem investigando — e prometendo cobrar caro pelos prejuízos. Porque não se engane: além do risco iminente, essas queimadas criminosas geram custos astronômicos. Acionamento de brigadas, desvio de rotas aéreas, atrasos... Tudo porque alguém resolveu queimar uns restos de vegetação onde não devia.
O recado do BH Airport tá mais do que claro: a tolerância é zero. E a população pode — e deve — ajudar denunciando qualquer fumaça suspeita nas redondezas do aeroporto. Até porque, no ar, não dá pra dar ré.
No fim das contas, é uma daquelas situações que faz a gente pensar: será que precisamos mesmo chegar perto do desastre para levar a segurança a sério?