
Parece cena de filme de terror, mas é a realidade de quem vive nas regiões de Bauru e Marília: quase 500 pessoas são picadas por escorpiões todo mês. E olha que não é exagero — os números são oficiais e assustadores.
"É como se tivéssemos uma pequena epidemia silenciosa", comenta um agente de saúde, esfregando as mãos cansadas depois de mais um dia de trabalho intenso. Os bichos peçonhentos, que adoram esconderijos úmidos e escuros, estão se multiplicando feito... bem, como escorpiões mesmo.
Por que tá tão ruim?
Três fatores se uniram para criar essa tempestade perfeita:
- Chuvas acima da média (aquele aguaceiro que alagou seu quintal mês passado? Pois é...)
- Lixo acumulado — sim, aquele saco que ficou dois dias na calçada atrai baratas, que por sua vez são...
- ...o jantar preferido dos escorpiões. Fácil entender o ciclo, né?
E tem mais: os bichinhos desenvolveram uma resistência danada a alguns venenos. "É como se tivessem feito um curso de defesa pessoal", brinca — sem graça — um farmacêutico da região.
Manual de sobrevivência urbana
Se você mora na área, anota aí:
- Sacuda tudo — roupas, sapatos, toalhas. Esses artistas adoram um mimo.
- Tela em ralos? Não é frescura, é salva-vidas.
- Aquele monte de entulho no quintal? Melhor doar para os escorpiões ou limpar?
Ah, e se achar um? Não tente ser herói. "Já atendemos um senhor que quis matar o bicho com chinelo e... adivinha? Levou uma ferroada na mão", conta uma enfermeira do pronto-socorro local, rolando os olhos.
E se acontecer?
Primeiro: não entre em pânico (fácil falar, difícil fazer, eu sei). Lave o local com água e sabão, procure ajuda médica imediatamente — especialmente se for criança ou idoso. E nada de "remédios caseiros" que sua tia indicou no WhatsApp, por favor.
Os postos de saúde da região estão abarrotados de soro antiveneno, mas é melhor não precisar, concorda?