
Era pra ser mais um dia normal na construção daquele condomínio em Mogi das Cruzes. Mas o que começou como rotina terminou em tragédia. Por volta das 10h da manhã, um operário — ainda não identificado — despencou de um andaime do terceiro andar. A queda foi fatal.
Segundo testemunhas, o barulho do impacto ecoou pelo canteiro de obras. "A gente ouviu um baque seco, diferente dos ruídos normais da construção", contou um colega de trabalho, ainda abalado. "Corremos pra ajudar, mas já estava sem resposta..."
Falta de segurança?
O que mais choca nesses casos — e esse não é diferente — é que poderia ter sido evitado. O Corpo de Bombeiros que atendeu a ocorrência relatou que o cinto de segurança estava... bem, digamos que não exatamente onde deveria estar. "Parece que o equipamento tava mais pra enfeite do que pra proteção", comentou um dos socorristas, com aquela mistura de raiva e frustração típica de quem vê esse tipo de coisa repetidamente.
E olha que a obra nem era das mais precárias — pelo menos não na aparência. Mas sabe como é né? Na correria do dia a dia, os protocolos às vezes ficam meio... esquecidos.
O que diz a lei
Pela Norma Regulamentadora 35 (aquela que regulamenta trabalho em altura), o empregador é obrigado a fornecer EPIs adequados E fiscalizar o uso. Mas entre o papel e a prática... Bem, a gente conhece o caminho.
A Delegacia Regional do Trabalho já foi acionada e deve vistoriar o local ainda hoje. Enquanto isso, o canteiro de obras está parado — ironicamente, por questões de segurança.
O caso lembra outros tantos que pipocam pelo país todo dia. Só no primeiro semestre, foram 37 mortes em acidentes de trabalho na construção civil no estado. Número frio, até você lembrar que cada um desses 37 era alguém que saiu de casa pra trabalhar e não voltou.