Explosão em fábrica de dinamites em Curitiba: Polícia Científica corre contra o tempo para identificar vítimas
Explosão em fábrica de dinamites desafia peritos em Curitiba

Um estrondo que ecoou por quilômetros. Foi assim que os moradores do bairro CIC, em Curitiba, descreveram o momento em que uma fábrica de dinamites virou um inferno de fumaça e destroços na tarde desta quarta-feira (14). O que restou? Um quebra-cabeça macabro para a Polícia Científica — e uma corrida contra o relógio.

"Parecia um filme de ação, mas era a vida real", contou um vizinho que pediu para não ser identificado — o susto ainda estava estampado no rosto dele. Bombeiros chegaram em 8 minutos (tempo recorde, diga-se), mas a estrutura já estava reduzida a escombros. A fumaça negra, visível até do centro da cidade, não deixava dúvidas: algo muito grave acontecera.

O trabalho minucioso nos destroços

Luvas azuis, máscaras e um silêncio pesado. Assim trabalham os peritos do IGP (Instituto Geral de Perícias) desde o amanhecer. "Quando o material é pirotécnico, cada fragmento pode ser crucial", explicou um dos investigadores, esfregando os olhos cansados. Eles catam pedaços de documentos, vestígios de roupas, qualquer coisa que possa levar a um nome, uma identidade.

Detalhe cruel: o calor da explosão foi tão intenso que até os metais derreteram. Isso complica tudo. Sem digitais, sem registros dentários — só restam exames de DNA, que podem levar semanas. Enquanto isso, famílias agonizam no limbo da espera.

O que se sabe até agora?

  • Vítimas: Entre 3 e 5 pessoas estariam no local no momento do acidente — mas ninguém confirma números ainda
  • Causas: Investigam desde manuseio incorreto até falha estrutural (aquela velha história de "corta-custos"?)
  • Riscos: Área isolada em raio de 500m; Defesa Civil monitora qualidade do ar

Ah, e tem a burocracia. A fábrica tinha alvará? Estava em dia com as normas? Perguntas que ecoam vazias diante das famílias desesperadas na porta do IML. Enquanto isso, a cidade tenta voltar ao normal — mas todo mundo sabe que, no CIC, o cheiro de pólvora ainda vai persistir por um bom tempo.