Tragédia nas Obras de Duplicação: Corpo de Operário é Localizado no Rio Tietê Após Queda de Ponte
Corpo de operário é encontrado no Rio Tietê após queda de ponte

Uma daquelas cenas que ninguém gostaria de presenciar — e que infelizmente se repetem com uma frequência assustadora pelos canteiros de obra do país. Na última segunda-feira, por volta das 8h da manhã, o que começou como mais um dia normal de trabalho transformou-se em tragédia nas obras de duplicação da SP-255, próximo à cidade de Boracéia.

O silêncio foi quebrado pelo grito de alerta. Um operário, cuja identidade ainda não foi divulgada — aguardando a notificação dos familiares, como manda o protocolo — simplesmente desapareceu do local. Testemunhas relatam que ele trabalhava na ponte sobre o rio quando, num piscar de olhos, sumiu da vista de todos.

Busca Incansável

O que se seguiu foi uma operação de buscas que mobilizou praticamente todo mundo que estava por perto. Colegas de trabalho, é claro, mas também o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e até uma equipe do SAMU. Imagine a cena: dezenas de pessoas vasculhando as margens do Tietê, gritando o nome do companheiro, esperando por qualquer sinal.

As horas passavam e a angústia só aumentava. O rio, conhecido por suas correntezas traiçoeiras, não dava tréguas aos bombeiros que insistiam na busca. Até que, por volta das 15h30 — sete horas e meia depois do desaparecimento —, o pior se confirmou.

O Encontro Trágico

Foi a aproximadamente 500 metros do local da queda que os bombeiros finalmente localizaram o corpo. Uma cena dolorosa para todos os envolvidos, especialmente para os colegas que acompanhavam a operação de perto. O que devia ser um dia comum de trabalho terminou em tragédia.

E agora? Bem, o caso foi registrado como morte suspeita — protocolo padrão em situações como essa — e encaminhado ao 1º DP de Avaré. O IML de Botucatu ficou responsável pelos procedimentos legais. Mas a pergunta que fica martelando na cabeça de todo mundo é: como diabos isso aconteceu?

Questionamentos que Não Calam

As obras de duplicação seguem a todo vapor — ou pelo menos seguiam, até essa segunda-feira fatídica. A ARTESP, responsável pela fiscalização, já deve estar de cabelo em pé com essa história toda. E não é para menos.

Você já parou para pensar na quantidade de normas de segurança que teoricamente deveriam ser seguidas nesse tipo de obra? Cinto de segurança, redes de proteção, equipamentos de contenção — parece que alguma coisa falhou feio nessa equação.

Os trabalhadores no local — ainda abalados com o ocorrido — preferiram não comentar muito. Quem pode culpá-los? É difícil falar sobre a perda de um colega, especialmente quando se trata de algo que poderia — talvez — ter sido evitado.

Enquanto a família do operário recebe a notícia que nenhuma família quer receber, as investigações começam a se mover. A Polícia Civil promete apurar todos os detalhes, desde as condições de trabalho até os equipamentos de segurança disponíveis no local.

Mais uma vida perdida nas obras que cruzam nosso estado. Mais uma família destruída. E a pergunta que não quer calar: quantas vidas ainda precisam ser ceifadas antes que a segurança dos trabalhadores seja tratada como prioridade absoluta?