O mar parecia calmo naquela tarde de domingo, mas as aparências enganam — e como enganam. Um turista de 32 anos, cujo nome ainda não foi divulgado, decidiu encarar um desafio perigoso: nadar até a Ilha das Cabras, em Guarujá, litoral de São Paulo. O que começou como uma aventura virou um pesadelo.
Por volta das 16h, testemunhas viram o homem entrar na água na Praia do Góes, conhecida localmente por suas correntes traiçoeiras. "Ele parecia confiante, mas sumiu em segundos", relatou um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "Aqui todo mundo sabe que esse trecho é cilada."
Operação de resgate
Os Bombeiros foram acionados imediatamente. Dois botes e uma equipe de mergulhadores vasculham a área desde então, mas até o momento — pasme — nenhum sinal do desaparecido. "As correntes estão muito fortes nesta época do ano", explicou o tenente Álvaro Mendes, num tom que misturava profissionalismo e preocupação. "Estamos usando drones e tecnologia térmica, mas a visibilidade submarina está péssima."
Quem era o turista?
Pelas poucas informações disponíveis, o desaparecido era um paulistano que passava o fim de semana na região. Amigos disseram à polícia que ele tinha experiência com esportes aquáticos, mas — e aqui vem o detalhe crucial — nunca havia enfrentado aquelas águas específicas. "Ele era atleta, mas mar é mar", comentou uma das testemunhas, com a voz embargada.
O caso lembra outros desaparecimentos trágicos na mesma região nos últimos anos. Em 2021, um estudante de 19 anos morreu tentando o mesmo percurso. As autoridades locais já sinalizaram a necessidade de mais placas de alerta — mas, como sempre, só depois da tragédia.
Enquanto isso, familiares aguardam notícias num misto de esperança e desespero. A Marinha emitiu um alerta para embarcações na área: qualquer sinal, ligue 185. O mar não perdoa descuidos, e essa história é mais um triste lembrete disso.
