
O que era para ser uma tarde de diversão e brincadeiras se transformou num pesadelo que vai marcar para sempre uma família de Santa Catarina. Aconteceu algo tão inusitado que até parece roteiro de filme — mas infelizmente é a mais pura realidade.
Uma garotinha de apenas 10 anos, cheia de energia e com toda a vida pela frente, estava jogando futebol com amigos quando o impensável aconteceu. A trave do gol, aquela estrutura que deveria garantir a segurança da partida, simplesmente caiu sobre ela. E não foi um simples tombo — o impacto foi tão violento que causou danos internos gravíssimos.
Corrida contra o tempo
O que se seguiu foi aquela correria desesperadora que nenhum pai jamais quer vivenciar. A menina foi levada às pressas para o Hospital Infantil Seara do Bem, em Florianópolis, e os médicos logo perceberam a gravidade da situação. Os exames mostraram algo que deixou todos em estado de choque: o pâncreas estava completamente destruído e o baço, gravemente comprometido.
Parece até exagero, mas é a mais crua verdade — uma simples trave de gol conseguiu causar estragos que normalmente vemos em acidentes de trânsito de alta velocidade. A cirurgia foi imediata e extremamente complexa, durando longas horas que devem ter sido uma eternidade para os familiares na sala de espera.
As consequências de um instante
Agora a menina enfrenta uma nova realidade: vida sem pâncreas e com apenas parte do baço. Isso significa que ela vai desenvolver diabetes — algo que nenhuma criança de 10 anos deveria ter que encarar — e precisará de acompanhamento médico pelo resto da vida.
E sabe o que é mais revoltante? Esse tipo de acidente com estruturas esportivas inadequadas não é tão raro quanto deveria ser. Já vi casos parecidos antes, e sempre me pergunto: até quando vamos negligenciar a segurança das nossas crianças em nome de quê? Economia? Descaso?
Os pais estão destruídos, como era de se esperar. Imagina a cena: você deixa seu filho brincando futebol, achando que está tudo seguro, e de repente recebe uma notícia que muda tudo. É daquelas situações que fazem a gente questionar cada escolha, cada "deixa brincar" que dissemos.
O que vem pela frente
A menina segue internada na UTI, estável mas sob observação rigorosa. Os médicos dizem que o pós-operatório é delicado e que ela precisará de muito apoio — não só médico, mas emocional também.
E enquanto ela luta para se recuperar, fica aquele questionamento que não quer calar: quantas outras "travas assassinas" estão por aí, em escolas, clubes e campinhos de várzea, esperando pelo próximo acidente? Às vezes me pego pensando que a gente subestima demais os perigos que parecem simples — até o dia em que eles mostram sua face mais cruel.
O caso já está sendo investigado, mas convenhamos: de pouco adianta apontar culpados depois que a tragédia já aconteceu. O que essa família precisa agora é de apoio — e que histórias como essa sirvam de alerta para que ninguém mais passe por isso.