
Era pra ser mais um dia comum — aqueles que passam sem deixar rastro na memória. Mas o destino, caprichoso como sempre, resolveu escrever outra história. Em uma casa como tantas outras no Mato Grosso do Sul, a vida de uma família virou de cabeça pra baixo em questão de minutos.
Aos 1 ano e 9 meses, a pequena — que mal havia começado a explorar o mundo — encontrou um fim trágico na própria casa. A piscina, que deveria ser sinônimo de diversão, se transformou numa armadilha mortal. Segundo relatos, a criança conseguiu acessar a área desprotegida enquanto os adultos estavam distraídos com afazeres domésticos.
O que dizem os especialistas
"É mais rápido do que se imagina", alerta o pediatra Carlos Mendonça, que já atendeu casos similares. "Basta um minuto de distração para que o pior aconteça. Crianças nessa idade são curiosas por natureza e não têm noção de perigo."
Dados do Ministério da Saúde mostram que afogamentos são a segunda maior causa de morte acidental entre crianças de 1 a 4 anos no Brasil — perdendo apenas para acidentes de trânsito. E o pior? A maioria ocorre justamente em ambientes domésticos.
Como proteger seus pequenos
- Cercas são essenciais: Piscinas devem ter proteção de no mínimo 1,5m de altura com portões de difícil abertura
- Supervisão constante: Nunca, jamais, em hipótese alguma deixe crianças sozinhas perto de água — nem que seja "só por um minutinho"
- Alarmes e coberturas: Tecnologias complementares podem dar aquela ajudinha extra na prevenção
No calor sufocante do Centro-Oeste, onde piscinas são quase uma necessidade, a tragédia serve de alerta. "A gente sempre acha que nunca vai acontecer com a gente", comenta a vizinha Dona Marta, ainda abalada. "Mas basta um descuido..."
Enquanto a família enlutada recebe o apoio da comunidade, fica a lição: segurança infantil não é exagero — é necessidade. Afinal, como diz o ditado, é melhor prevenir do que... Bem, você sabe.