
Eis que do Planalto surge uma ideia que pode botar o povo na rua — no bom sentido, claro. O presidente Lula, numa daquelas jogadas que a gente não vê todo dia, encasquetou com a possibilidade de deixar o transporte público de graça aos domingos e feriados. Mas não é só wishful thinking: ele já botou o ministro Fernando Haddad na correria para fazer as contas.
Nada de decisão às cegas, viu? A ordem é clara: o Ministério da Fazenda precisa vir com números concretos na mesa. Quanto custaria para os cofres públicos bancar essa folga? Seria viável? Ou será que uma tarifa simbólica — tipo um real, só para dizer que pagou — faria mais sentido?
Não é de hoje
Pois é, a conversa não surgiu do nada. A Tarifa Zero já é realidade em mais de 40 cidades pelo Brasil, algumas delas bem significativas. Quem diria, hein? Aparentemente, a pressão popular e as experiências positivas em outros cantos acenderam a luz amarela no governo federal.
Mas calma lá que não é tão simples. Implementar isso em escala nacional é outra história — complexa, cheia de meandros orçamentários e logísticos. Haddad, conhecido por seu pragmatismo, certamente vai esmiuçar cada centavo antes de dar o aval.
O que está em jogo?
- Alívio no bolso: Domingo costuma ser dia de família, passeio, visita. Um gasto a menos com transporte facilita a vida de muita gente.
- Incentivo ao comércio: Pessoas circulando mais livremente tendem a consumir mais, movimentando a economia local.
- Pressão sobre municípios: Quem paga a conta? A discussão sobre quem banca o subsídio — União, estados ou municípios — promete esquentar.
No fim das contas, a iniciativa joga holofote num debate necessário e antigo: transporte público como direito, e não como mercadoria. A medida, se sair do papel, pode ser um alívio significativo para o orçamento das famílias — especialmente num momento em que cada real conta.
Mas é aquilo… Entre o discurso e a prática, existe um abismo chamado orçamento público. Aguardemos os números. O Haddad que se prepare, porque o pedido é urgente e a cobrança, como sempre, vem de cima.