Tarifa do metrô sobe para R$ 5,40 e ônibus para R$ 5,30 em SP em 2026
Aumento nas tarifas de transporte público em São Paulo

Os usuários do transporte público na Região Metropolitana de São Paulo terão que desembolsar mais a partir do início de 2026. O governo do estado, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesta segunda-feira (29) o reajuste da tarifa básica do sistema metroferroviário. O valor passará de R$ 5,20 para R$ 5,40, com vigência a partir do dia 6 de janeiro.

Detalhes do aumento no metrô e trens

O aumento de 3,85% no preço da passagem do metrô, trens da CPTM e da Viamobilidade ficou abaixo da inflação do período, que foi estimada em 4,46% pelo IPC-Fipe. A gestão estadual garantiu que todas as gratuidades atualmente em vigor serão mantidas no próximo ano.

Em nota, o governo justificou a decisão afirmando que a atualização "foi definida após análise das despesas operacionais do sistema, que registram crescimento contínuo". Entre os custos que mais pressionam o sistema estão os gastos com energia elétrica, manutenção da frota e da infraestrutura, além da folha de pagamento.

O objetivo declarado do reajuste é "garantir a eficiência, a segurança e a qualidade do serviço prestado à população". A administração estadual prometeu que os recursos adicionais obtidos com o aumento serão integralmente reinvestidos em projetos de modernização e expansão da infraestrutura de mobilidade. Atualmente, o estado mantém sete obras em andamento no setor, com investimento total de R$ 57 bilhões.

Ônibus na capital também ficará mais caro

Paralelamente, a prefeitura de São Paulo, sob o comando de Ricardo Nunes (MDB), anunciou o reajuste da tarifa de ônibus municipal. O valor subirá R$ 0,30, saindo de R$ 5,00 para R$ 5,30, a partir do dia 5 de janeiro de 2026.

Diferente do aumento no sistema ferroviário, o reajuste de 6% nos ônibus supera a inflação oficial dos últimos 12 meses, medida pelo IPCA, que ficou em 4,5% até novembro. A gestão municipal, no entanto, argumenta que o índice está abaixo do IPC-Fipe Transporte do mesmo período, que foi de 6,5%.

A prefeitura ressaltou que, durante a gestão Nunes, o valor da passagem ficou congelado em R$ 4,40 por cinco anos. O único reajuste no período, de 13,6% para R$ 5,00 em 2025, ficou bem abaixo da inflação acumulada de 40,31% nesses cinco anos, segundo o IPCA.

O principal motivo para o aumento, segundo a administração, é a necessidade de equilibrar as contas. O subsídio municipal às empresas de ônibus já ultrapassou a marca de R$ 6 bilhões em 2025, o maior valor da história da cidade. Os custos operacionais do sistema subiram R$ 492 milhões até outubro, enquanto a arrecadação com tarifas cresceu apenas R$ 410,3 milhões.

Aumento se estende para cidades da Grande SP

O cenário de tarifas mais caras não se limita à capital. Cinco municípios da região oeste da Grande São Paulo, integrantes do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana (CIOESTE), também anunciaram reajuste.

As cidades de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Jandira e Itapevi terão a tarifa de ônibus aumentada de R$ 5,80 para R$ 6,10 a partir de 5 de janeiro. O aumento de 5,2% também está acima da inflação medida pelo IPCA. Os prefeitos das cidades afirmaram que a decisão foi baseada em critérios técnicos para recompor custos operacionais e manter a qualidade do serviço.

O comunicado que autoriza o reajuste das tarifas metroferroviárias foi enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pelo governador em exercício, Felício Ramuth (PSD). A decisão final foi tomada pelo governador Tarcísio de Freitas antes do início de sua licença de fim de ano, que vai de 26 de dezembro a 11 de janeiro.