Desaparecimento de vendedor após acidente em SP completa mais de 20 dias
Vendedor desaparece após acidente em Boa Esperança do Sul

Há mais de vinte dias, a família do vendedor Juliano Aparecido Lúcio, de 44 anos, enfrenta uma angústia sem fim. Ele desapareceu após se envolver em um acidente de trânsito na Rodovia Comendador João Ribeiro de Barros (SP-255), em Boa Esperança do Sul, no interior de São Paulo, e desde então não deu mais notícias.

O fato ocorreu no dia 12 de novembro, quando o carro dirigido por Juliano colidiu com um caminhão. A Polícia Civil investiga o caso, mas as buscas, que se concentram na região de Araraquara, próximo ao rio Jacaré-Guaçu, ainda não tiveram sucesso.

Os momentos que antecederam o sumiço

De acordo com a esposa, Joice Aparecida Galvão Lúcio, de 41 anos, Juliano trabalhava como revendedor de refrigerantes e estava a serviço no momento do acidente. O motorista do caminhão envolvido relatou às autoridades que Juliano conduzia o veículo em zigue-zague e parecia estar com os olhos fechados.

Após a colisão lateral, testemunhas afirmam que Juliano saiu do carro e começou a caminhar em direção a uma área de mata, seguindo para um sítio nas proximidades. Ele deixou para trás, dentro do veículo, documentos, cartões, um tablet, dinheiro e o celular da empresa. O aparelho celular pessoal, no entanto, não foi localizado.

A investigação e o quadro de saúde

O delegado Edmar Piccolo Junior, responsável pelo caso, detalha que as últimas informações são de que Juliano foi visto caminhando às margens da rodovia sem camisa, com a peça amarrada no braço, e pedindo carona no sentido de Araraquara. Imagens de câmeras de monitoramento registraram uma pessoa no local, mas a identificação não pôde ser confirmada.

Um dado que chama a atenção é que, segundo a empresa onde trabalhava, Juliano não deveria estar naquela rota no dia e horário do acidente, indicando um desvio do trajeto planejado.

Joice revela um aspecto crucial: seu marido iniciara um tratamento para depressão aguda na mesma semana do desaparecimento. "O psiquiatra receitou remédio e disse que estava com depressão aguda. Mas nem deu tempo de tomar direito, sumiu na semana que tomou", contou a esposa, que não descarta a possibilidade de um surto. O casal tem um filho de 13 anos.

Apelo da família e continuidade das buscas

A rotina da família foi completamente alterada. Joice, que é professora, precisou se afastar do trabalho por duas semanas para participar das buscas. Ela destaca que o comportamento de Juliano no dia do sumiço foi atípico, pois ele sempre mantinha contato diário. "Achei estranho ele não mandar mensagem nesse dia", lamenta.

A Polícia Civil segue com as investigações ativas e aguarda dados do setor de inteligência que possam ajudar a esclarecer o paradeiro de Juliano. Novas diligências estão sendo realizadas na região.

Qualquer pessoa com informações sobre o desaparecido pode entrar em contato com a família pelo telefone (16) 99731-2656 ou acionar a Polícia Militar pelo 190.