
Era pra ser mais um dia de fé, de jornada espiritual. Mas o que começou como uma simples caminhada de devoção terminou em pesadelo na Via Dutra, na altura de Cachoeira Paulista. Dois romeiros, que seguiam a pé em direção a Aparecida do Norte, foram atingidos brutalmente por um veículo na manhã desta quinta-feira.
O susto foi geral. Testemunhas contam que ouviram um barulho seco, seguido de gritos. Os dois peregrinos — um homem de 45 anos e uma mulher de 38 — caíram na pista como bonecos desengonçados. A cena, francamente, era de cortar o coração.
O socorro que não podia esperar
O resgate, diga-se de passagem, foi rápido. A Polícia Rodoviária chegou quase que imediatamente, seguida pela equipe do Resgate da concessionária que administra a rodovia. Os feridos, ainda conscientes mas bastante assustados, receberam os primeiros cuidados ali mesmo, no acostamento.
E aí vem o detalhe crucial: ambos foram levados para o Hospital Municipal de Cachoeira Paulista. O homem, com lesões consideradas graves. A mulher, em estado que os médicos classificaram como regular — o que, convenhamos, já é um alívio diante do que poderia ter acontecido.
O trânsito que virou um caos
Enquanto isso, o tráfego na Dutra simplesmente engoliu a paciência dos motoristas. A faixa da direita precisou ser interditada por mais de uma hora. Formou-se aquela fila quilométrica que todo mundo conhece — e detesta.
Os agentes da PRF suaram a camisa para organizar o fluxo, mas a verdade é que quando acontece um acidente desses, a coisa fica complicada mesmo. E olha que estamos falando de uma das rodovias mais movimentadas do país!
Um alerta que precisa ser repetido
Agora, me diz uma coisa: quantas vezes a gente já não viu notícia parecida? Peregrinos caminhando pela margem da estrada, arriscando a vida em nome da fé. A PRF, é claro, não cansa de alertar sobre os perigos dessa prática.
Mas parece que o recado não está chegando — ou não está sendo suficiente. A rodovia simplesmente não foi feita para pedestres, por mais nobre que seja sua intenção. É uma mistura explosiva: altas velocidades, motoristas cansados, e pessoas caminhando onde não deveriam.
Enquanto as investigações seguem para apurar as causas exatas do acidente, uma coisa é certa: duas famílias estão vivendo momentos de angústia. Dois filhos da fé que saíram de casa em busca de bênçãos e encontraram, no caminho, a dor.
Que sirva de alerta — antes que aconteça de novo.