O que deveria ser mais uma noite comum em Rondonópolis se transformou num pesadelo sobre duas rodas. Aquele trecho da Avenida Bandeirantes, que tantos percorrem no piloto automático do dia a dia, virou palco de uma sucessão de eventos tão rápidos quanto fatais.
Por volta das 19h30 de sexta-feira, um motociclista — cuja identidade ainda aguarda reconhecimento oficial — circulava pela avenida quando, num piscar de olhos, tudo desandou. O primeiro impacto veio de um carro de passeio que, segundo testemunhas, simplesmente não o viu. Mas aí é que a coisa fica ainda mais macabra: menos de um minuto depois, enquanto ainda tentava se recompor do primeiro baque, veio o segundo golpe.
O Vídeo que Parou o Coração
As câmeras de segurança capturaram cada instante dessa tragédia em câmera lenta involuntária. Dá até um frio na espinha de imaginar — primeiro o tombo inicial, a moto escorregando pelo asfalto, e então, quando você pensa que já chegou ao ápice do horror, eis que surge o segundo veículo para completar a cena dantesca.
O Samu chegou rápido, mas algumas batalhas já estão perdidas antes mesmo do primeiro socorro. Os paramédicos tentaram de tudo, sabe como é — aquele protocolo de reanimação que a gente vê em série médica, só que na vida real o final nem sempre é feliz. Declararam o óbito ali mesmo, no asfalto ainda quente da avenida.
E Agora, José?
A Polícia Militar tá com a batata quente na mão — apreendeu os dois veículos e agora tenta desvendar esse quebra-cabeça trágico. Os motoristas foram ouvidos, é claro, mas o que realmente aconteceu na cabeça de cada um naqueles segundos cruciais? Será que era distração com celular? Cansaço acumulado do fim de semana? Ou simplesmente aquele segundo de azar que muda tudo?
Enquanto isso, a família do motociclista — cujo nome a gente ainda não pode mencionar, por respeito — precisa encarar o vazio que ficou. É sempre assim nessas horas: o trânsito vira estatística para alguns, mas para outros vira aquele buraco no peito que nunca mais fecha.
E a gente fica aqui pensando — quantas vezes não passamos por situações parecidas no nosso dia a dia? Aquela ultrapassagem arriscada, aquele sinal que quase fechou, aquele pedestre que apareceu do nada... Rondonópolis hoje chora mais uma vida perdida no asfalto, e o pior é saber que amanhã pode ser em qualquer outra cidade.
