A madrugada desta quarta-feira, 27, foi marcada por uma cena de puro caos na Rodovia Presidente Dutra, no trecho que corta São José dos Campos. Tudo aconteceu por volta das 3h30 da manhã, no km 147, sentido Rio de Janeiro – um pesadelo logístico que se transformou em tragédia humana.
Segundo as primeiras informações que corriam soltas entre os agentes de trânsito – e que depois foram confirmadas pela Polícia Militar Rodoviária –, a história é daquelas que a gente nunca quer ouvir. Um caminhão simplesmente parou na pista. Só isso. Mas na estrada, àquela hora, um obstáculo imóvel é uma sentença.
E foi.
Outro caminhão, vindo atrás, não conseguiu evitar a colisão traseira. O estouro dos metais foi o estampido inicial de um efeito dominó assustador. Pelo menos mais dois veículos pesados se envolveram na sequência, num emaranhado de aço retorcido que fechou a pista principal completamente. Quem passava por ali naquele momento deve ter sentido um calafrio.
O Resgate e a Perda Irreparável
O Corpo de Bombeiros chegou ao local às pressas, mas o cenário era de partir o coração. De dentro de uma das carretas, os socorristas retiraram um homem – o motorista – já sem vida. A violência do impacto não deu chances. A identidade dele, um detalhe tão íntimo e agora tão público, ainda não foi divulgada. Aguarda-se a notificação dos familiares, aquela visita que ninguém está preparado para receber.
Enquanto as equipes trabalhavam no resgate – um trabalho delicado e sombrio –, o tráfego na Dutra simplesmente parou. E não era pouco. Formou-se uma fila quilométrica, daquelas que testam a paciência de qualquer um. A pista local foi liberada para tentar aliviar o gargalo, mas o prejuízo operacional e o stress coletivo já estavam instalados.
E Agora, José?
Com a pista literalmente bloqueada por horas, o trânsito ficou um verdadeiro inferno na terra. Quem dependia da Dutra para chegar ao trabalho ou fazer entregas deve ter tido um dia completamente perdido. A Polícia Rodoviária suou a camisa para fazer a devida sinalização e orientar os poucos veículos que conseguiam desviar pelo acostamento.
O grande questionamento que fica – e que sempre fica depois desses desastres – é: como um caminhão parou na pista? Falha mecânica súbita? Um problema de saúde do condutor? A investigação vai ter que apurar os reais motivos, mas a verdade é que o resultado, esse, já sabemos e é definitivo.
Uma vida foi interrompida de forma brusca e violenta na estrada. Mais um nome se soma à triste estatística de acidentes nas nossas rodovias. É para refletir, não é? A gente sempre acha que só acontece com os outros, até o dia em que… bom, até o dia em que acontece.
