Um grave acidente de trânsito ocorrido na BR-364, no interior do Acre, resultou em uma cena de destruição e uma tragédia familiar. Uma colisão frontal entre dois veículos, no km 204 da rodovia, entre Bujari e Sena Madureira, causou a morte de um homem e deixou sua esposa internada em estado grave, sem que ela ainda saiba da perda do companheiro.
Vítimas e estado de saúde
As vítimas principais do acidente são o casal João Paulo Marcelino Ximenes, de 39 anos, e Cheila Maria Viana de Sousa, de 52. Eles viajavam de Feijó, cidade onde residiam, em direção a Rio Branco. João Paulo, que trabalhava como motorista de aplicativo, não resistiu aos ferimentos e faleceu. Já Cheila, autônoma, foi hospitalizada com lesões graves.
De acordo com uma sobrinha do casal, que preferiu não se identificar, Cheila ainda não foi informada sobre a morte do marido. "Ela acordou e perguntou pelo esposo, mas não entrou em detalhes do acidente porque está falando pouco. Está muito machucada, a boca inchada. Por isso a gente ainda não contou que ele morreu, pelo estado dela. Ela convulsionou por muito tempo", relatou a familiar.
Cheila sofreu múltiplas lesões: quebrou duas costelas, feriu a mão direita e teve um pneumotórax (ar no pulmão). Ela acordou na manhã da segunda-feira, 15 de abril, e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Enquanto aguarda cirurgia na mão, seu estado é considerado fora de risco, mas ainda sério.
Detalhes da colisão e outras vítimas
O acidente foi uma colisão frontal. O outro veículo envolvido era conduzido por Luciana Régis de Andrade, de 40 anos, que estava com seu filho de 11 anos. Eles seguiam para Sena Madureira. Após a batida, o carro de Luciana saiu da pista. Ambos sofreram apenas ferimentos leves.
A causa exata do acidente ainda não foi determinada. A família aguarda o laudo pericial, que deve ficar pronto em cerca de quatro dias. "Não posso falar muito sobre isso porque não sabemos [sobre o acidente]. Daqui quatro dias vai sair o laudo", destacou a sobrinha.
Uma família despedaçada
João Paulo e Cheila estavam juntos há aproximadamente 16 anos. O casal tinha uma rotina simples em Feijó: ele dirigia por aplicativo e ela cuidava da neta de 6 anos, que morava com eles. A viagem fatal tinha como objetivo buscar a menina na capital, Rio Branco, onde ela passava as férias com a mãe.
Enquanto Cheila luta pela vida no hospital, o corpo de João Paulo está sendo velado em Feijó, onde também será realizado o sepultamento. A família enfrenta o duplo desafio de lidar com o luto e a recuperação de Cheila, mantendo dela, por enquanto, a dolorosa verdade.