
O silêncio da manhã de sábado em Pacajus foi rasgado por metal retorcido e vidros estilhaçados. Na CE-060, aquela estrada que tantos percorrem no piloto automático do cotidiano, a vida de duas pessoas chegou ao fim de forma abrupta — e violenta.
Por volta das 7h30, enquanto muitos ainda se espreguiçavam na cama, um carro de passeio e um ônibus colidiram frontalmente. O impacto foi tão severo que, diga-se de passagem, não deixou margem para esperança. Os dois ocupantes do veículo menor — ainda não identificados oficialmente — morreram no local.
Cena Dantesca na Rodovia
Testemunhas que chegaram minutos depois do estrondo descrevem uma cena que parece saída de filme catástrofe. "O carro ficou irreconhecível, uma lata amassada", conta um motorista que preferiu não se identificar. "O ônibus, ainda que em melhor estado, tinha a frente completamente destruída."
O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, mas o que encontraram foi apenas trabalho de resgate — não de salvamento. Os socorristas, esses heróis anônimos que veem o pior da humanidade diariamente, tiveram que lidar com mais uma cena que certamente levarão para casa.
E Agora, José?
A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) assumiu o caso e já iniciou os trâmites de praxe. Perícia no local, ouvindo testemunhas, tentando reconstruir os momentos que antecederam a tragédia. Será que foi uma ultrapassagem mal calculada? Sono? Falha mecânica? Distração com o celular?
Enquanto isso, as famílias das vítimas — que sequer sabiam que seu mundo estava prestes a desmoronar quando acordaram hoje — recebem a notícia que ninguém está preparado para ouvir.
E a CE-060, essa artéria vital do Ceará, segue carregando sonhos, pressas e — infelizmente — tragédias. Quantas mais até aprendermos que no asfalto, como na vida, alguns segundos de distração custam uma eternidade de saudade?